• Cuiabá, 21 de Novembro - 00:00:00

Da política que temos às políticas que necessitamos

Política deve ser um ato de amor relacionado com grupos sociais que integram a Pólis (cidade ou estado). Algo que tem a ver com a organização, direção e administração de uma nação ou um Estado. Há muito o Brasil perdeu o caminho da evolução natural da democracia universal. Precisamos imediatamente recuperar a sanidade individual e a vergonha social para voltarmos a sermos uma nação em evolução.

Nos anos 90 do século passado, com a aprovação da reeleição para o executivo, criamos a política dos favores, ou o presidencialismo de coalizão, ou mesmo o balcão de negociações. Por isso o governo de Fernando Henrique Cardoso fica marcado por escândalos nas questões da aprovação da própria emenda de reeleição, Sivam, farra do Proer, propina na privataria, entre outras.

Na primeira década dos anos 2000, nos Governos de Lula e Dilma, surgiram os escândalos do mensalão, a própria lava jato, inaugurando uma forma corrosiva de fazer política, ou política da corrupção sistêmica, onde todos do poder ganham e o povo paga a conta. O que gerou revolta e ódio.

O final da segunda década dos anos 2000 vivemos a política do ódio puro, envolto aos crimes de mando, liderado pelas formas milicianas do estado do Rio de Janeiro. Ou está do lado do rei, ou será banido moral ou fisicamente da face da terra. Até a respiração exala ódio.

Nenhuma destas políticas atendem os preceitos de uma nação digna e democrática. Por isso precisamos com urgência de uma política de honestidade e de amor. Isso não é utópico. Ao contrário isso, é minimamente razoável em qualquer cultura construtiva.

Lembrando o primeiro ministro inglês Winston Churchill, “a política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes”. Aqui o ódio está aniquilando uma nação inteira e só não vê quem já é puro ódio o tempo todo.

Como escreveu Pierre-Joseph Proudho, “a política é a ciência da liberdade”. Ou mesmo o filosofo Aristóteles, quando falou que “o objetivo principal da política é criar a amizade entre os membros da cidade”. Ambos autores se referem em conviver, compartilhar, amar, melhorar a vida e o convívio de todos.

As eleições municipais são um bom momento para treinar a virada real que o país precisa. É hora de fugir de políticos raivosos e histéricos e buscar votar em políticos que além da honestidade obrigatória e a competência necessária, tenham amor ao próximo e zelo para com a coisa pública. O Brasil e o brasileiro merece coisas melhores, mas nós precisamos dar uma ajuda para que as coisas melhorem, eleições são espaços propícios para isso.

 

João Edison é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso.



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