Muito se dialoga sobre filosofia de vida. Como entender a vida segundo a concepção e valores de cada qual? O que se destina àqueles que se esmeram em viver nos termos ditados pelo senso comum?
Ao conjunto de ideias, atitudes, pensamentos e ações reais, se ancora o modo tão sonhado de se encarar a existência. Fatores econômicos, sociais e culturais afetam as escolhas diárias.
As uniões, por exemplo, se perfazem em aprendizados importantes. As sociedades de pessoas fazem a conjunção de valores diferentes, onde este ou aquele deve ceder em sua verdade irretocável.
Atitudes positivas podem ajudar na escolha de como proceder para viver com sabedoria.
O estudo é o caminho natural no desenvolvimento da capacidade de raciocinar de forma estável e profunda. O diálogo com outrem, sem qualquer preconceito, é capaz de quebrar estereótipos negativos, podendo levar a denominadores comuns. Há evolução e construção de pontes a ligar interesses.
A vida se perfaz em ciclos. Em cada época, com as sua singularidade, fatores culturais e hábitos.
A calma e tranquilidade em desenvolver o processo de autoconhecimento, acalenta as mentes e corações enfáticos pela melhor ‘filosofia em se viver’.
Joseph Campbell, diligente no estudo da mitologia e religião comparada e criador da ‘Jornada do Herói’, no afã de compreender melhor a existência terrena, deixou o que tinha para trás para viver por cinco anos em um casebre, apenas lendo. Um dos seus maiores ensinamentos foi deixar a vida, que até então havia planejado, de lado, e viver o que ela esperava dele.
Mas, cuidado, a verdade nunca é ou será absoluta. Aliás, conforme o pensador e imperador romano, Marco Aurélio, ‘a realidade é moldada pela percepção de cada um’.
Nem o tempo é absoluto, acredito. Esperar pela receita de como viver melhor é sentimento utópico, irreal, e que nada acrescentará no angustioso processo de redescobertas. A angústia faz do sofrimento, criação.
O mencionado estudioso deixou pérolas reflexivas: ‘Seu espaço sagrado é onde você consegue se encontrar de novo e de novo’... ‘A caverna que você teme adentrar guarda o tesouro que você busca’.
Aquilo que temo, me sobrevém (JÓ 3:25). Liberte-se do medo. As coisas que implicam uma existência necessária não dependem de causas exteriores para serem compreendidas. Siga a própria intuição; defronte-a com aquilo que entendes por realidade. Vá e seja feliz.
É por aí...
Gonçalo Antunes de Barros Neto é Juiz de Direito, formado em Filosofia UFMT). (antunesdebarros@hotmail.com).
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