Começamos 2020 pagando mais caro nos produtos vendidos pelo comércio, em alguns casos até 30% - e não de 4% conforme noticiado -, devido à medida aprovada por meio da lei complementar n º 631/2019, que aumenta a carga tributária do ICMS em Mato Grosso.
O comércio é a atividade que movimenta diferentes produtos através da compra e venda de bens e mercadorias, que gera emprego, renda e, sobretudo, arrecadação monetária para os cofres públicos.
Como se não bastasse, é lamentável a conduta do Exmo. Sr. governador Mauro Mendes, que nesta semana utilizou a imprensa para sugerir que os consumidores comprem em outros estados, e uma das ferramentas pode ser via internet, “no qual os preços costumam sair mais em conta”.
Claro, pode ser que o preço de lá seja mais interessante, porque talvez eles tenham a carga tributária mais competitiva, item que Mato Grosso também precisa.
Porém, o nosso governador se esqueceu que as compras virtuais não geram emprego, renda e subsistência para o nosso querido MT, mas sim, o enfraquecimento da economia local, e o desânimo dos comerciantes e até a falência de diversas empresas.
Além de que, o consumidor não pode esperar por 10 dias a chegada de medicamentos, combustíveis e outros produtos essenciais.
Sr. governador, esperamos que cumpra as propostas realizadas na campanha eleitoral, e busque o fomento da economia mato-grossense, e o “enxugamento” da máquina estadual, pois ao invés de diminuir os gastos, o governo optou em "jogar" para os ombros dos consumidores a responsabilidade de erguer a receita do estado, através da aquisição de produtos com carga tributária exacerbada.
José Wenceslau de Souza Júnior é comerciante e presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac-MT.
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