Têm em operação 12 fábricas de etanol em Mato Grosso. Duas são de milho e três, chamada flex, com cana e milho. As outras de cana. O estado está produzindo 2.2 bilhões de litros de etanol por ano. Consome internamente 1.2 bilhões de litros.
A produção de milho já está em 30 milhões de toneladas. Boa parte sai da rotação no plantio da soja. Terra já preparada, mais adubagem correta e, depois da colheita da soja, se planta o milho.
Mesmo o lucro sendo pequeno com o milho, plantar nos tantos milhões de hectares de soja no estado, é um ganho extra que ninguém pode reclamar. Com o aumento da produção de etanol e DDG a safra de milho poderia chegar, em poucos anos, a 50 milhões de toneladas. Ganhando nas duas pontas, devem crescer no estado as fábricas de etanol de milho, como ocorreu nos EUA.
No setor de carne, MT tem avançado também. Tem o maior rebanho bovino do país ou 14% do total nacional, com 27 frigoríficos para bovinos no estado.
MT produziu 1.4 milhões de toneladas de carne bovina em 2018 ou 18 % do total nacional e 45% da do Centro Oeste. Exportou algo com 20% daquele total. Em 2021, MT pode ser estado livre da febre aftosa sem vacinação. Hoje 95 países podem comprar do estado, sem aftosa isso poderia subir para 140 países.
Em carne de frango, MT já produz 700 mil toneladas por ano e pode chegar, segundo o Imea, a um milhão de toneladas em 2025. Em carne suína são cerca de 200 mil toneladas e chegariam a 500 mil toneladas em 2025.
Na fabricação do etanol, o DDG, com 42% de proteína, serve para alimentar animais confinados. Uma combinação que ajuda essas duas agroindústrias no estado.
Caminha para nove bilhões de habitantes no mundo e o Brasil poderia suprir 40% do mercado mundial de proteína animal. Olha o tamanho dessa agroindústria no estado num futuro próximo.
A agroindústria nas áreas de etanol e carne está caminhando apesar da deficiência na logística de transporte. Encontram meios para colocar o produto em outros lugares sem aquela conhecida choradeira sobre o assunto.
No setor de algodão a noticia nova é que estaria sendo instalada em Rondonópolis uma fábrica de fios. Quem sabe ali pode surgir um polo têxtil. Tem produção de algodão em Primavera, Campo Verde e Rondonópolis, além da ferrovia no quintal.
Em outras atividades, como o couro, a coisa está empacada. Se tem mais de cinco milhões de couros de bovinos por ano e nada na industrialização do couro. Em atividade como essa deveriam centrar mais os incentivos fiscais e outros benefícios.
Estão sendo criados polos de agroindústria no Sul, perto da ferrovia, no Norte ao longo da rodovia 163 rumo aos portos do Pará. Quem sabe outro no Oeste, a partir de Cáceres, ZPE e a hidrovia e mais um no Araguaia na extensão da ferrovia entre Agua Boa e Campinorte.
Alfredo da Mota Menezes é Analista Político
E-mail: pox@terra.com.br site: www.alfredomenezes.com.
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