• Cuiabá, 23 de Novembro - 00:00:00

Gerações da mutação

            Tenho sido indagado com muita frequência em conversas, palestras, artigos e comentários nas redes sociais sobre a mesma pergunta: o Brasil será capaz de sair dessa louca crise de corrupção e de atraso político? Claro que será. Mas não amanhã e nem, depois de amanhã. Pra isso é preciso uma conversa que começa noutro ponto. O futuro será consertado no futuro!

            Vamos lá. Em 1998 vinha de Sinop de carro, de carona com o casal amigo, Paulo e Cristina Fiúza quando ela me perguntou: “você já ouviu falar sobre crianças índigo?”. Ela me explicou e acabei por achar tão interessante que me aprofundei no assunto nesses 10 anos. Os índigos e os seus sucessores, as “crianças cristais” e agora as “crianças da estrelas” já são realidade. É delas que devemos esperar atitudes.

            A sociologia chama os índigos de “geração y” e os cristais de “milenials”. Os índigos nasceram um pouco antes e um pouco depois de 1980. Os cristais nasceram entre 2000 a 2012. E as crianças das estrelas nasceram a partir de 2012. São seres renascidos portadores de “chip” profundamente diferenciado das gerações anteriores, chamadas de “geração x”, por sua vez, sucessoras dos “baby boomers”, estes nascidos logo após a segunda guerra mundial (1945).

            Os índigos vieram junto com as transformações tecnológicas. Portadores de imensa capacidade de adaptação estão hoje na faixa dos 35/38 anos. Já substituem em todos os campos a “geração x”. Mais éticos, intolerantes a comportamentos tortos, tem grande visão social. É um traço genérico.

            Os “cristais” vieram depois de 2000 com a missão de desmontar todos os sistemas atuais de ética, de política, da economia e dos comportamentos sociais inadequados. Está na faixa dos 18/20 anos. Serão cruelmente transformadores. Por fim, “as crianças das estrelas” serão os construtores dos novos tempos. Sucederão os índigos, os cristais e montarão um novo tempo baseado em valores na sua maioria hoje inexistentes.

            O leitor deve estar me achando completamente doido. Pode ser. Mas estudei a respeito o suficiente pra crer com fé nessa estória das gerações. Os índigos já estão adultos e agindo. Ainda estamos na fase inicial do processo de desconstrução dos valores velhos pelos cristais. Isso vai levar pelo menos mais 10 anos. É o tempo pra que a geração “das estrelas” se torne adulta e recomece a construção efetiva de um novo tempo. Na real mesmo, ainda temos que assistir ao desfile de todas as contradições imagináveis antes que nos eduquemos pra valores e realidades efetivamente humanas e justas conosco e com o planeta.

            Até lá, esperança nos guie!

 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

onofreribeiro@onofreribeiro.com.br    www.onofreribeiro.com.br



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