Por Manuela de Moura/Portal Metrópoles
Durante um fórum econômico realizado nesta sexta-feira (20/6) em São Petersburgo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, fez um alerta global ao declarar que teme que o mundo esteja próximo da Terceira Guerra Mundial.
A declaração foi dada em meio ao contexto de diversos conflitos em curso, incluindo a guerra entre Rússia e Ucrânia e a recente escalada entre Israel e Irã — este último, aliado estratégico de Moscou.
Putin expressou preocupação com o que descreveu como um “grande e crescente potencial de conflito” no cenário internacional. Ele afirmou que esse risco “nos afeta diretamente”.
“É perturbador. Estou falando sem ironia, sem piadas. É claro que há um grande potencial de conflito. Ele está crescendo, está bem debaixo do nosso nariz, e nos afeta diretamente”, admitiu o líder russo.
O chefe do Kremlin destacou especialmente os acontecimentos recentes envolvendo instalações nucleares no Irã. Segundo ele, a presença de especialistas russos que trabalham na construção de dois reatores nucleares para Teerã amplia a sensibilidade da situação.
“O que está acontecendo em torno dessas instalações é motivo de preocupação”, avaliou.
Além disso, Putin apontou a própria guerra da Rússia na Ucrânia como um dos centros de tensão internacional. O conflito, iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022, dura mais de três anos e tem se agravado com o envolvimento indireto de países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), como Estados Unidos, Reino Unido e membros da União Europeia.
Putin defendeu que a resposta a esse cenário deve ser a busca por soluções diplomáticas e pacíficas.
“Isso requer não apenas atenção cuidadosa aos eventos que estão ocorrendo, mas também a busca por soluções — de preferência, por meios pacíficos — em todas as direções”, enfatizou.
A fala do russo ocorre em um momento de constantes escaladas no Oriente Médio, com trocas de ataques entre Israel e Irã, além de ameaças mútuas envolvendo instalações estratégicas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ofereceu-se — mais de uma vez — para mediar o conflito entre Israel e Irã, o que despertou incômodo do líder norte-americano Donald Trump. A vontade de Putin ser um dos intermediadores não é surpresa.
No início de 2025, os governos russo e iraniano assinaram um acordo de cooperação estratégica de longo prazo, com diretrizes que incluem coordenação político-militar, apoio mútuo em fóruns internacionais e, segundo analistas, até possíveis pactos de defesa mútua implícitos.
O pacto não evidencia que o Kremlin deve fornecer armamento ou auxiliar na produção bélica do Irã; entretanto, caso exista uma grande escalada, a Rússia pode “estender a mão” ao governo iraniano.
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