Fernando Silvestre
No cenário atual da transformação digital, onde sistemas ERP são a espinha dorsal das operações corporativas, a sustentabilidade e continuidade operacional tornaram-se imperativos estratégicos. A complexidade desses ambientes críticos demanda uma abordagem multifacetada, onde monitoramento proativo e gestão preventiva são elementos fundamentais. Essa abordagem não apenas minimiza a ocorrência de incidentes, mas também permite uma resposta ágil e eficaz em situações adversas.
Uma governança de suporte bem definida é essencial para garantir a eficácia das ações proativas. Isso começa com a formulação de objetivos claros, como a redução de incidentes repetitivos, a prevenção de indisponibilidades e a melhoria do desempenho do sistema. A adoção de ferramentas de monitoramento é crucial para acompanhar logs, filas, jobs e integrações, além de monitorar indicadores de negócio críticos como pedidos sem nota e lotes presos.
A complexidade do ambiente tecnológico atual apresenta desafios significativos. Integrações externas, atualizações não programadas e dependências de infraestrutura exigem uma estratégia de gestão holística. A resposta está na implementação de processos rigorosos de controle de mudanças e na manutenção de procedimentos operacionais padronizados.
A continuidade operacional em sistemas críticos requer uma infraestrutura resiliente. Ambientes redundantes, seja em cloud ou on-premise, combinados com planos de contingência robustos, fornecem a base necessária para manter a disponibilidade dos serviços essenciais.
O ciclo de melhoria contínua fecha o loop da governança efetiva. Por meio de avaliações periódicas e métricas objetivas, como redução de incidentes e melhorias no tempo de resposta, as organizações podem refinar constantemente suas estratégias de sustentação.
Este modelo de gestão proativa não apenas minimiza disrupções operacionais, mas também otimiza recursos e reduz custos associados a incidentes críticos. Em um mundo onde a disponibilidade de sistemas é sinônimo de continuidade dos negócios, esta abordagem estruturada torna-se um diferencial competitivo fundamental.
A evolução constante da tecnologia, a crescente complexidade dos ambientes empresariais e constantes mudanças legislativas demandam vigilância contínua e adaptabilidade. O sucesso na manutenção de sistemas críticos depende da capacidade de equilibrar processos rigorosos com a flexibilidade necessária para responder a um cenário tecnológico em constante mudança.
A importância da alta disponibilidade no cenário digital
Com a crescente adoção de serviços online e ambientes híbridos, as empresas precisam garantir que suas infraestruturas suportem aumentos significativos nas cargas dos sistemas.
Assim, os sistemas de alta disponibilidade são fundamentais para manter os padrões operacionais. Esses sistemas devem ter metas claras e quantificáveis. Um dos objetivos mais conhecidos é alcançar os cinco noves (99,999%), garantindo praticamente nenhum tempo de inatividade, como é o exemplo do setor de serviços financeiros e indústrias, que exigem esse padrão rigoroso por questões de conformidade e competitividade.
Entretanto, muitas outras empresas já consideram essencial manter níveis de disponibilidade entre 99,9% e 99,99%, especialmente para assegurar o acesso contínuo aos seus colaboradores remotos e clientes.
Fernando Silvestre é Diretor de Operações da Blend IT.
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