Da Redação
"Os réus C.V.S. - M.A.S. e J.B.R. foram condenados em sessão do Tribunal do Júri na terça-feira (3), pelo feminicídio da empresária I.G.T. ocorrido no município de Lucas do Rio Verde, na madrugada do dia 31 de maio de 2021. Somadas, as penas chegam a 63 anos e 8 meses de prisão".
As informações foram divulgadas pelo Ministério Público Estadual (MPMT) - considerando ainda que:
O júri durou 18 horas e 30 minutos. Todos os réus foram condenados por feminicídio qualificado por motivo torpe e dissimulação, além do crime de fraude processual, conforme denunciado pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Lucas do Rio Verde.
C.V.S. que era marido da vítima, foi condenado a 24 anos de prisão; J.B.R. a 21 anos; e M.A.S. a 18 anos e 8 meses.
O promotor de Justiça Samuel Telles Costa explica que o caso exigiu grande empenho institucional. “Sobretudo diante da tentativa dos réus de fraudar a cena do crime e dificultar a apuração dos fatos, inclusive com alegações infundadas de intolerância religiosa. A condenação representa a prevalência de provas legítimas sobre as tentativas de manipulação, sendo uma resposta à altura da gravidade dos crimes e o desfecho justo que a família da vítima aguardava há quatro anos”.
Conforme relatado na denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), C. e I. mantinham união estável desde 2016 e eram sócios em uma empresa do ramo de manutenção de aeronaves.
Ela era responsável pela parte financeira e gerencial, enquanto ele cuidava da parte operacional. Nos dias que antecederam o crime, o casal — que já vivia um relacionamento conturbado, marcado por traições — iniciou um processo de separação.
Por se considerar o único proprietário da empresa e detentor exclusivo dos direitos sobre o negócio, C. queria se livrar da companheira a qualquer custo e, consequentemente, evitar a divisão igualitária do patrimônio.
C. entrou em contato com M.A.S. - sacerdote de candomblé conhecido como “Pai Baiano”, que já prestava auxílio espiritual ao casal. Ele confidenciou que o relacionamento estava insustentável e que não bastava apenas “desamarrar a relação”, mas sim “colocar I. no caldeirão do satanás”.
M. então, pediu ajuda a J. que também atuava com rituais de candomblé, para executar o crime. Eles foram até a casa da vítima entre os dias 30 e 31 de maio, sob o pretexto de ajudá-la a reatar o relacionamento.
O Ministério Público relatou ainda que foi o sacerdote quem desferiu o primeiro golpe na cabeça da vítima com um facão artesanal de aproximadamente 1,1 kg, deixando-a desacordada. Em seguida, golpeou a lateral direita do pescoço e a região próxima ao punho direito.
Com Comunicação MPMT
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