Da Redação
Levantamento divulgado pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT), revela que "em 2024, as vendas do varejo ampliado ficaram no mesmo patamar de 2023, refletindo desaceleração econômica de Mato Grosso".
Veja a íntegra do estudo - segundo a entidade:
Conforme levantamento da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT), que analisou os dados de vendas do comércio referentes a dezembro de 2024 divulgados pelo IBGE, permitindo um balanço do desempenho do setor ao longo do último ano. Confirmando a tendência já apresentada nos últimos meses, as vendas do segmento do comércio varejista de Mato Grosso cresceram, mas a um ritmo menor do que o verificado em anos anteriores. Isso mostra uma desaceleração do segmento. Por sua vez, as vendas do varejo ampliado ficaram estagnadas na comparação com 2023, isto é, com taxa de variação zero.
No mês de novembro, houve, com efeito, uma melhora no desempenho das vendas, mas não suficiente para reverter a tendência acumulada ao longo dos últimos meses.
Além do comércio, o volume de prestação de serviços também registrou queda da atividade em 2024. Ao longo do ano, a economia do estado desacelerou refletindo as dificuldades do setor agrícola.
De acordo com dados do Ministério da Agricultura e Pecuária, em 2024, a estimativa de queda do faturamento do campo foi de 7,4%, devido ao choque climático que comprometeu a safra.
Segundo o presidente da Federação das CDLs de Mato Grosso, David Pintor, para 2025, as projeções são mais favoráveis para a produção agrícola do estado que, mesmo com a queda de 2024, manteve-se na dianteira da produção agropecuária.
“Surgem, no entanto, novos desafios, que precisarão ser monitorados. A inflação segue rondando o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional, tanto na medição nacional quanto na medição da região Centro-Oeste. Como consequência, as projeções indicam que a taxa básica de juros seguirá crescendo nos próximos meses. O momento pede, em suma, um otimismo cauteloso, atento às condições de crédito e às exigências de um consumidor que busca suavizar a impacto da alta dos preços”, diz o líder empresarial.
1. Confirmando a tendência dos últimos meses, vendas do varejo ampliado de Mato Grosso ficam estagnadas em 2024
Os dados de vendas do comércio referentes a 2024 foram divulgados pelo IBGE. De acordo com o Instituto, as vendas do comércio varejista registraram avanço de 1,7% na comparação com o ano anterior. A taxa de crescimento ficou abaixo da observada nos dois anteriores, o que confirma a tendência de desaceleração do ritmo das vendas notadas nos últimos meses.
Já as vendas do varejo ampliado, segmentação que reúne o comércio varejista, veículos, motocicletas, materiais para construção e atacadista de alimentação e bebidas, ficaram estagnadas em 2024. O desempenho do comércio no estado em 2024 reflete o momento de desaceleração da atividade econômica com a quebra de safra.
2. Depois de anos de crescimento acelerado, setor de serviços recua em Mato Grosso
Completando o quadro da atividade econômica de Mato Grosso, os dados do IBGE permitem um balanço de 2024 para o setor de serviços e para a produção industrial. De acordo com o Instituto, o volume de prestação de serviços no estado recuou 10,2% em 2024, na comparação com 2023. Esse desempenho sucede três anos de alta expressiva do setor. Em 2023, o crescimento da atividade do setor de serviços foi de 16,6% na comparação com 2022. Devido ao crescimento forte dos anos anteriores, a desaceleração do setor era esperada. No entanto, o tamanho da queda reflete também o momento de desaceleração econômica do estado em razão das dificuldades do setor agropecuário. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, o faturamento do campo foi estimado em R$ 185,2 bilhões, um valor bem abaixo do observado em 2023 (R$ 199,9 bilhões). A produção industrial, por sua vez, registrou alta de 5,4% em 2024.
3. Comércio de Mato Grosso registra a criação de 6.301 vagas formais em 2024
Em 2024, de acordo com dados do CAGED, o comércio do estado de Mato Grosso registrou um saldo de criação de 6.301 vagas formais, alcançando o segundo melhor desempenho entre os setores. O setor de Serviços liderou a criação de vagas, com saldo de 10.979 no ano. O saldo de vagas representa a diferença entre o total de admissões e o total de demissões em um determinado período. Quando negativo, significa que as demissões superaram as admissões. Considerando o conjunto de todos os setores, 25,8 mil vagas formais foram criadas no estado, abaixo do verificado ao longo de 2023. A análise dos últimos cinco anos mostra que, desde 2021, o saldo de criação de vagas vem caindo no estado. O dado de 2024 reflete a desaceleração econômica que afeta do estado. Por fim, o comércio local é o empregador de 253.260 contratos formais no estado, o que representa 27% do total de empregos formais (944.336).
4. Crescimento do crédito empresarial desacelera em Mato Grosso, mostra BC
Dados do Banco Central mostram que o saldo de crédito a Pessoas Físicas (PF) encerrou 2024 estimado em R$ 163 bilhões no estado de Mato Grosso. Já o saldo de recursos destinados a Pessoas Jurídicas foi de R$ 76,3 bilhões. O saldo de crédito representa o valor em aberto, vencido ou a vencer, das operações de crédito e financiamento feitas através do Sistema Financeiro Nacional (SFN). Analisando a evolução do saldo de crédito, observa-se que o saldo a PF cresceu 16,2% em 2024, acima da média nacional, que avançou 12,1%. Por sua vez, o saldo de crédito destinado às empresas cresceu 5,4%. Esse crescimento ficou muito abaixo do observado em 2023 (16,9%), o que mostra uma desaceleração do crédito empresarial no estado. Por fim, a inadimplência bancária, medida como a proporção do saldo de crédito com atraso superior a 90 dias, encerrou 2024 na marca de 3,1% no segmento de Pessoas Físicas e de 2,6% no segmento de crédito empresarial.
5. No Centro-Oeste, inflação recua para 4,6% nos 12 meses encerrados em janeiro
Dados apurados pelo IBGE mostram que a inflação oficial medida na região Centro-Oeste foi de 4,6% no acumulado dos 12 meses encerrados em janeiro de 2025. O resultado ficou abaixo do observado nos meses anteriores. Nos 12 meses encerrados em novembro de 2024, por exemplo, a alta média dos preços foi de 4,9%. Isso mostra que o ritmo de crescimento dos preços diminuiu, embora os preços continuem a subir. O detalhamento dos dados revela que, no país como um todo, os itens de bens e serviços de “Alimentação e bebidas” tiveram a alta mais expressiva, chegando 7,3% nos 12 meses encerrados em janeiro de 2025. Em seguida, aparece o grupo de “Educação” (6,6%). O avanço dos preços desses itens tem sido notado pela população. Dois itens merecem destaque: o preço do café moído subiu, em média, 50,3%, enquanto o preço médio das carnes subiu 21,2% no acumulado de 12 meses.
Com Comunicação FCDL-MT
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