Da Redação
O Ministério Público Estadual (MPMT) ressalta que "o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Mato Grosso está dando apoio ao Gaeco de Rondônia na Operação Soldados da Usura, deflagrada na manhã desta sexta-feira (7). Mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão estão sendo cumpridos nos Estados de Mato Grosso, Rondônia, Acre, São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul."
O MPMT reforça:
Em Mato Grosso, a equipe do Gaeco cumpre três mandados de busca e apreensão em Cuiabá e um em Diamantino, onde um mandado de prisão já foi cumprido.
A operação visa desmantelar uma organização criminosa constituída com o objetivo de obter vantagens financeiras a partir da realização de empréstimos ilegais (usura) e que praticou, no mesmo contexto, os crimes de extorsão, lavagem de dinheiro, estelionato, falsidades ideológicas, dentre outros em apuração.
A fase ostensiva da operação tem como objetivo dar cumprimento a nove mandados de prisão preventiva, 42 mandados de busca e apreensão, além de diversas medidas como : indisponibilidade de valores, imóveis, cotas sociais de empresas, veículos de luxo, que totalizam R$ 73.655.246,00, todas determinadas pela Justiça Estadual de Porto Velho.
O Procedimento Investigatório Criminal teve início no Ministério Público de Rondônia a partir da comunicação da Corregedoria-Geral da Polícia Militar do estado, que encaminhou cópias de sindicâncias instauradas contra policiais militares, contendo indícios de crimes de usura e extorsão. Com o aprofundamento das investigações se identificou uma Orcrim constituída por uma rede de pessoas que tinham as funções de captar “clientes”, fazer empréstimos com juros ilegais, fazer as cobranças com o uso de violência e grave ameaça (inclusive com uso de armas de fogo), seguidos de atos de expropriação patrimonial, já que, em relação a diversas vítimas, os investigados se apossaram de valores e bens que lhes pertenciam, acumulando e movimentando expressivas cifras em dinheiro e bens móveis e imóveis.
Na sequência, os investigados praticavam diversas condutas visando ocultar e dissimular a origem, disposição e localização de bens e valores, movimentando todo o patrimônio ilicitamente angariado em nome de empresas “fantasmas” constituídas em nome de “laranjas”, com documentos ideologicamente falsos, convertendo, também, ativos ilícitos em lícitos, com relevantes investimentos na compra de veículos, imóveis e até na construção de uma draga de extração de ouro no Rio Madeira.
Usura - O nome atribuído à operação é referência ao modus operandi adotado pelos investigados, que empregavam força, ameaças com armas de fogo, violência física, comportando-se como uma legião de saqueadores, explorando e expropriando as vítimas para obter e acumular muita riqueza às custas do patrimônio alheio.
O Gaeco é uma força-tarefa permanente constituída pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Sistema Socioeducativo.
Com Comunicação MPMT
Ainda não há comentários.
Veja mais:
MP cita precariedade e pede na Justiça providências contra prefeitura
Saiba como vai funcionar o crédito consignado CLT
TCE alerta Estado e municípios sobre combate à Dengue e Chikungunya
VG confirma editais para inscrição de projetos culturais na Lei Aldir Blanc
Morro de Santo Antônio: MP aciona Governo e pede interdição imediata de obras
Exportações de aço e alumínio para os EUA devem cair 11,27%, diz Ipea
A Invest MT e a Internacionalização de Mato Grosso
Voto valorizado e cobrança do eleitor, caminhos para a mudança
MP aciona prefeitura para regularizar serviço de casa de passagem
Marketing Digital Ético