• Cuiabá, 30 de Janeiro - 00:00:00

Em nota, Ciesp diz que lamenta saída dos EUA do Acordo de Paris e declarações de Trump sobre o Brasil


Da Redação

Por meio de nota divulgada à imprensa, o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) diz que "lamenta a saída dos EUA do Acordo de Paris e declarações de Trump sobre o Brasil".

Confira íntegra da nota:

Rafael Cervone, presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e primeiro vice da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), manifesta preocupação com a decisão de Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris e com sua afirmação de que o Brasil precisa mais de seu país do que o contrário. "Causam apreensão os atos e declarações do novo mandatário norte-americano em sua posse", pondera.

Com relação ao primeiro fator, Cervone observa que a saída dos Estados Unidos, segundo maior gerador mundial de gases de efeito estufa, pode minar o Acordo de Paris, inclusive incentivando outras nações a tomarem a mesma atitude. Ao assinar o tratado em 2015, Washington havia assumido a meta de reduzir em 28% suas emissões, além de transferir cerca de US$ 3 bilhões para ajudar os países pobres a lutarem contra as mudanças climáticas. "Além dos prejuízos financeiros e dos danos ambientais referentes ao descumprimento desses objetivos, Trump anunciou que seu país aumentará a produção de hidrocarbonetos, agravando o problema", alerta.

Para o presidente do Ciesp também é muito preocupante o fato de Trump dizer que seu país não precisa tanto do Brasil, em especial se essa declaração estiver atrelada às ameaças de impor mais tarifas de importação, que ele havia feito na campanha eleitoral. Segundo dados oficiais do governo, as exportações brasileiras para os Estados Unidos totalizaram US$ 40,33 bilhões em 2024 e as importações, US$ 40,58 bilhões, com pequeno superávit para os norte-americanos.

Cabe destacar que a indústria, conforme revela a Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio), registrou um recorde de US$ 31,6 bilhões em suas vendas aos Estados Unidos em 2024, um incremento de 5,8% em relação a 2023, representando 78,3% do total. Os norte-americanos, pelo nono ano consecutivo, são os maiores compradores da manufatura brasileira.

"Diante do agravamento do aquecimento global e da importância do comércio bilateral entre o Brasil e os Estados Unidos, nosso segundo maior parceiro comercial, esperamos que os norte-americanos retornem ao Acordo de Paris e não adotem mais medidas protecionistas contra os nossos produtos. Mais do que nunca, o planeta clama por um grande esforço na agenda do clima, por avanços da economia internacional e pelo entendimento de que precisamos todos uns dos outros para garantir um futuro melhor", afirma Cervone.


Fonte: Assessoria de Imprensa do Ciesp

Ricardo Viveiros & Associados Oficina de Comunicação




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