Por Guilherme Amado/Coluna/Portal Metrópoles
Alguns ministros da ala majoritária do Supremo Tribunal Federal (composta por Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Flávio Dino) falaram-se no começo da noite deste domingo, após o ato de Jair Bolsonaro em São Paulo, e concluíram alguns pontos. Vamos a eles.
– Bolsonaro está se sentindo emparedado. O discurso mais contido, sem ataques diretos, mostra isso.
– Isso ocorre porque o próprio saberia que a prova para condená-lo não é mais teórica, de uma suposta influência intelectual sobre todo o esquema para o golpe, como o domínio do fato usado para condenar petistas no Mensalão. A prova agora é material.
– Bolsonaro procurou terceirizar para o pastor Silas Malafaia os ataques ao STF, mas sem gerar o mesmo efeito na multidão. Ministros veem nessa estratégia a aposta de que Malafaia teria uma blindagem, por ser religioso, mas concordam que isso tem limite. Se Malafaia usar dinheiro de sua igreja ou de associações privadas para financiar os atos, será envolvido.
– A baixa adesão de políticos ocorreu porque muitos têm complicações eleitorais no Tribunal Superior Eleitoral e temem o efeito que isso teria sobre seus casos.
– O efeito deste tipo de ato era um com Bolsonaro presidente. É outro com ele fora do poder.
Em resumo: na visão da maioria dos ministros do STF, nada mudou. Há elementos para condenar Bolsonaro. Era assim hoje de manhã. E segue assim.


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