Da Redação
O prefeito Emanuel Pinheiro divulgou, hoje (16), que está desativando o atual aterro sanitário de Cuiabá, localizado na Grande CPA, após quase 30 anos de funcionamento. Em contrapartida, o gestor apresentou a nova estrutura, denominada Ecoparque Pantanal, situada na Região Sul, o primeiro da região Centro-Oeste voltado a dar destinação ambiental correta aos resíduos descartados.
Segundo o gestor, o processo de transição será executado de forma gradativa até março de 2023, respeitando as necessidades e carências dos mais de 300 catadores de recicláveis que operam na área atual. Em 2021, a capital mato-grossense finalizou a revisão do Plano Municipal de Gestão Integrada do Resíduos Sólidos, com objetivo de fortalecer as ações que estão em prática, alcançando a sustentabilidade socioambiental e econômica na gestão do município.
Na ocasião, Emanuel aproveitou para anunciar dois grandes projetos idealizados por seu governo, que vem ao encontro das ações propostas. O primeiro, recuperar o antigo território em um memorial às vítimas cuiabanas da Covid-19 e a articulação junto ao Governo Federal de 50 casas para os trabalhadores.
Em seu discurso, Pinheiro enfatizou a longa articulação travada pela Prefeitura de Cuiabá para solucionar o problema, disponibilizando, agora, um campo devidamente licenciado, oportunizando o recebimento de 145 mil toneladas de resíduos por ano, responsável também, pela geração de energia renovável e de carbono, com investimentos de R$ 81 milhões, administrados pela empresa vencedora do certame, Orizon Valorização de Resíduos.
"Por isso eu digo que aceitei o desafio de ser o prefeito da terra em que eu nasci, consagrado por duas vezes, assumindo o compromisso de mexer em problemas estruturantes, colocando o dedo na ferida e não fazer de conta. Talvez, seja por isso que temos uma oposição tão forte e ataques, pois temos compromisso com a população, quebrando paradigmas em várias áreas, pois fazemos bem para a população, avançando em feitos concretos. Se um catador tivesse prejuízo ou sua vida fosse tentada, eu não lançaria o que estamos apresentando aqui hoje. Este é o momento de gratidão e reconhecimento. O antigo não atende mais ao longo de seus 30 anos de existência, além de vender uma imagem negativa da nossa cidade. Nos comprometemos a resolver, pensando sempre naqueles que mais precisam, mais humildes e mais carentes. Divido com todos o sucesso deste grande ato", disse.
A defensora pública, Carolina Renee, que esteve presente, elogiou a excelente condução dos serviços por parte da gestão Emanuel Pinheiro, classificada por ela como um encerramento sério e social, fator politizador entre as demais cidades brasileiras.
Desde de 2017, o prefeito adotou diversos métodos inerentes à causa, sendo elas, a modernização da coleta de lixo domiciliar, aprimoramento da coleta seletiva e o lançamento do programa Cata-Treco. Atualmente, encontra-se em tramitação na Câmara de Vereadores, o projeto de lei que estabelece a cobrança da coleta de lixo, que aguarda aprovação para que seja colocado em prática.
Aterro sanitário de Cuiabá - O aterro foi concebido em 1997, com o planejamento de reciclar parte do lixo coletado, abrangendo plásticos, vidro, papelão e alumínio, por exemplo. Já para os resíduos orgânicos, a proposta era transformar os materiais em adubo. Todavia, com o passar dos anos, mesmo com algumas intervenções de melhorias, a estrutura tornou-se obsoleta diante do aumento expressivo do volume de lixo e hoje, apenas 16% do que chega no aterro segue para a reciclagem.
De acordo com o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Cuiabá, atualizado no ano de 2021, além dos resíduos sólidos domiciliares provenientes da coleta convencional, os quais representam 97,86% do volume total disposto no local, o aterro também é destino final de resíduos do município de Santo Antônio de Leverger. A área de operação é composta por três células de disposição de resíduos e duas lagoas de decantação.
O trabalho de reciclagem é feito via parceria da Prefeitura de Cuiabá com a Cooperativa dos Trabalhadores e Produtores de Materiais Recicláveis (Coopemar), que opera diretamente no local com cerca de 50 trabalhadores. Além desses, a Limpurb estima que aproximadamente 300 catadores de recicláveis atuam de maneira informal nas áreas onde os resíduos são depositados “in natura".
Dinâmica Ecoparque - O Ecoparque é um projeto de engenharia com todas as certificações ambientais dos órgãos competentes, que reúne uma série de tecnologias para garantir a proteção do meio ambiente, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa, reaproveitando resíduos com potencial para reciclagem e destinando o rejeito – material que não pode ser reutilizado – de forma ambientalmente adequada, sem risco de contaminação de solos e rios. Utiliza também os mais eficientes processos de tratamento do chorume (líquido oriundo da decomposição natural dos resíduos) que, ao final, é transformado em água de reuso. O Ecoparque também gera energia renovável e créditos de carbono, além de combustível derivado de resíduos.
(Com informações Secom-Cbá)
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