Por Pablo Rodrigo - Portal GazetaDigital
A pesquisa Gazeta Dados divulgada nesta quinta-feira (1), mostra, pela primeira vez, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ultrapassou em um ponto percentual o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) em Mato Grosso. Lula aparece com 39% das intenções de voto, contra 38% de Bolsonaro. Ambos estão empatados tecnicamente, dentro da margem de erro.
Em terceiro lugar aparece Ciro Gomes (PDT) com 4%, seguido pela senadora Simone Tebet (MDB-MS) com 3%. Brancos e nulos são 5% e quem não soube ou não quis responder chegam a 11%.
Se levar em consideração apenas os votos válidos - quando não se contabilizam os votos brancos, nulos e indecisos - Lula tem 46%, Bolsonaro 45%, Ciro 5% e Simone Tebet 4%.
O empate técnico entre Lula e Bolsonaro deverá polarizar ainda mais a disputa no Estado, que é considerado um reduto bolsonarista.
Isso porque a única vez em que Lula venceu em Mato Grosso foi em 2002, quando foi eleito presidente da República pela primeira vez. Já em sua reeleição em 2006, e na eleição da ex-presidente Dilma Rousseff em 2010 e 2014, e em 2018 com Fernando Haddad, o PT acabou sendo derrotado.
Por outro lado, uma aparente reação de Lula no Estado pode ser analisada pela sua articulação com parte do agronegócio no Estado, tendo como articuladores o senador Carlos Fávaro (PSD) e o deputado Neri Geller (PP), que disputa o Senado no palanque de Lula.
A pesquisa também deverá influenciar na campanha dos candidatos ao governo e Senado. Enquanto Márcia Pinheiro (PV) e Geller devem colar na imagem de Lula, poderá haver cobrança para o governador Mauro Mendes (União) e o senador Wellington Fagundes (PL) reforcem o nome de Bolsonaro no Estado.
Neri Geller já vem explorando a imagem de Lula em sua campanha e jingle. Já Marcia Pinheiro ainda não usou o presidente em seu horário eleitoral. Porém, espera pela vinda de Lula e Alckmin (PSB) no Estado ainda na primeira quinzena de setembro.
A expectativa é que, após visitar Manaus, Lula deve ir ao Maranhão, e possivelmente virá a Mato Grosso para uma agenda de campanha e reunião com produtores rurais.
Já Mauro Mendes também não usou a imagem do presidente Jair Bolsonaro em seu programa, e não tem participado das principais atividades de campanha do presidente no Estado. Já Wellington tem colocado o presidente em seus programas.
Não chegaram a 1%
Já os demais candidatos Felipe D’Avila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Eymael (DC), Léo Péricles (Unidade Popular), Pablo Marçal (Pros), Sofia Manzano (PCB) e Vera (PSTU), não apareceram porque não pontuaram na pesquisa.
A pesquisa foi realizada entre 26 a 28 de agosto e ouviu 1080 pessoas de forma presencial. A metodologia de pesquisa é Survey, com realização de entrevistas utilizando questionário estruturado junto a uma amostra representativa populacional do Estado de Mato Grosso. Foram feitos questionários em 45 municípios da região norte, nordeste, sudoeste, centro sul e sudeste.
A pesquisa usa amostra por quotas, proporcionais às características sócio econômicas da população em região, sexo, escolaridade, idade, e renda familiar tendo como base os dados coletados pelo Censo 2010 (IBGE) PNAD 2021 e TRE-MT 2022.
A margem de erro é de 3,0 pontos percentuais para mais ou para menos, o intervalo de confiança é de 95%. Isto é, se fossem realizadas 100 pesquisas em 95 delas os resultados estariam iguais a estes, dentro da margem de erro estipulada.
A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o nº MT-07674/2022.


Ainda não há comentários.
Veja mais:
Imprensa mundial noticia a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro
Prisão de Bolsonaro: governador de MT manifesta solidariedade
Nove em cada 10 mulheres já sofreram violência ao se deslocar à noite
Bolsonaro é preso pela Polícia Federal em Brasília
A nova era da indústria alimentícia: quando tecnologia e sustentabilidade caminham juntas
Dívida ativa: PGE anuncia descontos de até 65% em multas
Digitalização, personalização e governança: os pilares do franchising de saúde em 2026
Sofrer Não É Crime: O Perigo de Diagnosticar a Vida
Projeto que limita acareação em crime contra mulher é aprovado na CCJ
Governo de MT aponta ilegalidade e aciona STF contra decreto de Lula