Da Redação
“Não adianta nada a gente falar em genética, em tecnologias modernas, em aumentar a produção do leite, porque, uma vez que você não tem lucro na venda de um litro de leite cru, você não vai ter lucro na venda de mil. Então, é necessário termos, de fato, o índice do leite cru. Isso é primordial para que saber quanto custa o litro de leite, e, a partir disso, buscar o lucro do produtor."
A "observação" partiu do presidente da CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis infrações de ordem econômica na cadeia produtiva do leite e seus derivados em Mato Grosso - deputado Gilberto Cattani (PL).
A CPI ouviu - nesta semana o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Cesar Miranda, e a presidente do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Emanuelle Gonçalina de Almeida.
Levantamento apresentado por Cesar Miranda aponta que os municípios de Campinápolis, Terra Nova do Norte, Castanheira, Confresa e Via Rica figuram entre os cinco maiores produtores de leite do estado.
No último trimestre de 2021 a produção de leite de Mato Grosso chegou a 9,3 milhões de litros. Em dezembro do mesmo ano, o valor pago pelo litro do produto foi de R$ 1,76.
Em relação ao Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Estado de Mato Grosso (Prodeic), o secretário disse que atualmente há 55 indústrias de laticínios vinculadas ao programa. Ressaltou ainda a existência do Programa de Desenvolvimento Rural de Mato Grosso (Proder), que é destinado a produtores rurais, mas ponderou que a cadeia produtiva do leite não está incluída, uma vez que, segundo ele, nunca manifestou interesse em participar.
“A questão do incentivo, em nossa avaliação, não é o problema. Agora estamos colocando em operacionalização o Fundo de Aval Garantidor de Mato Grosso, que vai financiar o produtor de leite com juros subsidiados, avalizados pelo governo do estado. Então, políticas para o setor nós temos. Precisamos agora estudar um caminho pra que a gente melhore a gestão do segmento econômico, busque novos mercados em síntese, encontre alguma falha nessa cadeia econômica que precise ser corrigida, e aí o governo do estado - isso é uma determinação do governador Mauro Mendes - está disposto a sentar, discutir tecnicamente e trabalhar junto com a Assembleia Legislativa”, assegurou Miranda.
O gestor também se colocou à disposição para debater a formação do Índice do Leite Cru (ILC) no estado, em atendimento à solicitação feita pelo presidente da CPI.
A presidente do Indea-MT, Emanuelle de Almeida, apresentou dados acerca das ações desenvolvidas pelo instituto e informou que atualmente há 11 unidades lácteas registradas no Serviço de Inspeção Sanitária de Produtos de Origem Animal (SISE).
Reuniões externas – Além dos encontros oficiais realizados na Assembleia Legislativa, a CPI do leite também realizará reuniões externas, em municípios do interior do estado onde a produção do leite se destaca.
Na próxima segunda-feira (9), às 13h (14h no horário de Brasília), a CPI estará em Campinápolis. Além deste, serão visitados ainda os municípios Terra Nova do Norte, Pontes e Lacerda, Jaciara, Juara e Confresa.
“Vamos até lá buscar as demandas dos produtores daquela região e assim faremos com as demais. A intenção é conhecer as reais necessidades dos produtores de leite do estado”, salientou Gilberto Cattani.
Com Assessoria
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