*Por Luciano Vacari
Em um mundo tão globalizado como o atual, todo país depende de outro para produzir, comercializar e prosperar. Nenhuma nação sobrevive sem ter relações comerciais com as demais. Logo, empecilhos ao mercado internacional, em qualquer setor que seja, colocam toda a economia e sociedade em riscos.
É por isso que, em momentos de tensão e crise, sanções econômicas acabam sendo verdadeiras armas bloqueando as relações que muitas vezes garantem o abastecimento interno de alimentos e produtos básicos.
No conflito entre Rússia e Ucrânia, preocupa o fato de que a Rússia é um dos principais exportadores de petróleo e gás natural do mundo, além de importante produtor e fornecedor de trigo e fertilizantes. As sanções a essa potência mundial acabam não impactando somente os russos, mas a todos que fazem comércio e dependem de seus produtos. Além de elevar preço devido à menor oferta no mercado global, também encarecem e quebram cadeias produtivas relacionadas e próximas, sendo um verdadeiro castelo de cartas, onde apenas algumas peças a menos prejudica todo o mundo.
Os Estados Unidos e outros países estão, por enquanto, utilizando essas estratégias como armas contra a Rússia, de forma a prejudicar economicamente todo o país. Já está em jogo a retirada do país do SWIFT, o sistema de comunicação internacional entre bancos. Com isso, todas as instituições bancárias da Rússia ficariam isoladas do resto do mundo, bloqueando, por exemplo, pagamentos, comércio e transferências bancárias para o país. Consequentemente, em pouco tempo, graves problemas afetariam não só os bancos russos, mas todo sistema financeiro, incluindo a vida dos cidadãos russos e não russos.
O isolamento e bloqueio do comércio também cria dificuldades no financiamento da guerra e por isso ajuda a neutralizar e reduzir o conflito armado, sendo uma das principais armas, tanto em tempos de paz, para se evitar o conflito, quanto em tempos de guerra, para encerrar o que se iniciou.
As sanções já começaram e não têm prazo para terminar, já que por mais que se resolva o conflito armado, relações comerciais e diplomáticas foram quebradas, podendo perdurar até mesmo tempos após o conflito.
Não há nada mais forte que a dor das mortes de uma guerra. Mas precisamos lembrar que fome e medo também matam, todos os dias. Que os conflitos e os bloqueios sejam logo superados.
*Luciano Vacari é gestor de agronegócios e diretor da Neo Agro Consultoria e Comunicação


Ainda não há comentários.
Veja mais:
Operação da PM derruba mais um ponto de tráfico de drogas
Imprensa mundial noticia a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro
Prisão de Bolsonaro: governador de MT manifesta solidariedade
Nove em cada 10 mulheres já sofreram violência ao se deslocar à noite
Bolsonaro é preso pela Polícia Federal em Brasília
A nova era da indústria alimentícia: quando tecnologia e sustentabilidade caminham juntas
Dívida ativa: PGE anuncia descontos de até 65% em multas
Digitalização, personalização e governança: os pilares do franchising de saúde em 2026
Sofrer Não É Crime: O Perigo de Diagnosticar a Vida
Projeto que limita acareação em crime contra mulher é aprovado na CCJ