Dra. Vanessa Castelli
No mês que se inicia o verão, acontece a campanha do Dezembro Laranja organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), para conscientização da importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de pele, que é o mais frequente no Brasil.
A melhor forma de prevenir é driblando os fatores de riscos externos, sendo o principal deles a radiação solar ultravioleta. Dentre as recomendações estão: uso do filtro solar diariamente, mesmo em dias nublados, e durante a exposição usar óculos de sol, camisetas com mangas cumpridas, bonés ou chapéus, de preferência todos com proteção solar FPS50+, além de evitar a exposição ao sol entre 9h e 16h, e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior à 50 durante a exposição direta ou indireta (embaixo do guarda-sol), reaplicando-o a cada três horas ou sempre que sair da água. Lembrar de usar o fotoprotetor oral para potencializar a prevenção de manchas e melasmas em pessoas com predisposição.
Essas orientações são importantes durante o ano todo, e a vida toda, já que os efeitos danosos dos raios solares são acumulativos, inclusive para o envelhecimento da pele, principalmente em pessoas de pele, cabelos e olhos claros, e histórico pessoal ou familiar de câncer de pele.
O diagnóstico acontece durante a consulta médica dermatológica, através da dermatoscopia, um aparelho que aumenta a imagem em 10 vezes e/ou, da biópsia da lesão sugestiva de câncer de pele, que geralmente é realizada no consultório. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar cicatrizes extensas e mutilações, além do risco de metástase, principalmente do melanoma, o tipo de câncer de pele mais agressivo, e em consequência o óbito.
O câncer de pele não melanoma, como o carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular, podem se manifestar de diversas maneiras, geralmente como uma lesão pequena que está crescendo progressivamente no último ano, que pode sangrar, formar escamas e não cicatrizar. Já o melanoma, aquele mais agressivo, pode surgir em diversas áreas do corpo, inclusive na sola dos pés, geralmente como uma lesão escura, com mais de dois tons, irregular, com ou sem ulceração. É fundamental não aplicar nenhum medicamento, produtos caseiros ou tentar manipular a lesão, pois dificulta o diagnóstico pelo especialista.
O tratamento curativo é cirúrgico, com a retirada total do câncer de pele, exceto nos casos mais agressivos.
Dra. Vanessa Castelli é médica dermatologista pela SBD (CRM-MT 7995|RQE 5948) pós graduada em Medicina Estética (SP). @dravanessacasteli / vanessacasteli@hotmail.com / Clínica Prímula - Rua Topázio 136 Bosque da Saúde - Cuiabá-MT


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