Da Redação
A Secretaria Municipal da Mulher informa que "em conjunto com o Coletivo de Mulheres Trans de Cuiabá, promoveu na quinta-feira (28) uma roda de conversa, com o objetivo de debater e contribuir para solucionar as adversidades enfrentadas por essa comunidade".
Pontua que "o encontro ocorreu como forma de celebrar o Dia Nacional da Visibilidade Trans, comemorado nesta sexta-feira (29), e também foi acompanhado por representantes dos Conselhos da Juventude, LGBTQI+, Direito das Mulheres e de Direitos Humanos".
Confira mais informações - segundo a gestão da Capital:
A diretora de Execuções de Ações para as Mulheres, Elis Regina Prates, abordou na roda de conversa questões sobre o nome social, tema que já havia sido discutido em outra reunião e gerou interesse nos participantes. “Há alguns anos, essa questão ainda existia uma grande dificuldade de colocar a lei em pratica. Agora, apesar do tabu ainda existente, já é possível ir ao cartório, se autodeclarar transexual, escolher o nome, gênero e, assim, fazer a substituição”, disse.
O presidente municipal de Atenção a Diversidade Sexual, Valdomiro Arruda, destacou que, conforme a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), em 2020, o Brasil chegou a 175 assassinatos de pessoas trans, o que reflete um aumento de 39,5% nesse tipo de caso, em comparação ao ano de 2019. O índice coloca o país no topo do ranking de assassinatos, pelo 13º ano consecutivo.
Segundo ele, esses dados confirmam a importância do poder público dedicar maior atenção com este público. “O país registrou avanços na oferta de direitos ao longo da última década, No entanto, ainda é o que mais mata transexuais e travestis. Por isso, temos que nos fortalecer com estas rodas de conversas, apresentando ao poder público as reais questões vividas no dia a dia”, ressalta.
Para a futura presidente da Associação das Travestis e Transexuais de Mato Grosso, Lua Pinheiro, é muito importante proporcionar esses espaços de debate. Ela ressaltou que, somente de forma conjunta, é possível dialogar, levantar propostas e avançar nas políticas públicas voltadas para a população LGBTQI+, principalmente quando uma gestão demonstra, de forma inédita, total apoio a causa.
“Fico feliz em presenciar uma secretaria que valoriza e dá voz para a nossa comunidade. Quanto mais unidos estivermos para reivindicarmos os nossos direitos, seja à saúde, à educação, trabalho, uso do nome social, maiores serão as nossas chances. Os movimentos sociais são fundamentais para que a gente consiga, por exemplo, a formalização do atendimento de travestis e transexuais na rede pública de saúde.”, observou Lua.
A secretária Municipal de Mulher, Luciana Zamproni, comenta que o evento, realizado como parte da política de humanização desenvolvida pelo prefeito Emanuel Pinheiro e pela primeira-dama Márcia Pinheiro, reforçou a importância do debate social sobre questão de gênero.
“É preciso expandir o conhecimento de como corpos de mulheres e homens trans se movimentam na sociedade e questionar o que impede o tratamento de respeito. Avançamos com alguns programas sociais, mas necessitamos transformar projetos em políticas públicas para efetivar os direitos desta comunidade”, comentou a secretária.
A DATA
No dia 29 de janeiro de 2004, mulheres transexuais, homens trans e travestis foram a Brasília lançar a campanha “Travesti e Respeito” para promover a cidadania e o respeito entre as pessoas e que mostrasse a relevância de suas ações no Congresso Nacional.
Foi o primeiro ato nacional organizado pelas próprias trans e isso repercutiu muito, de maneira que não só a data é lembrada e celebrada, como diversas manifestações e passeatas aconteceram ano após ano para reafirmar a importância da vida dessas pessoas. Com informações do site M de Mulher.
Com Assessoria
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