Mudar o projeto pode representar um atraso no início das obras, alerta senador sobre Fico

Em Política
15/06/2019 11:06:41

Foto: Vanessa Rodrigues / Assessoria

Da Redação

“Essa ferrovia e fundamental para o escoamento da produção de grãos da região em direção aos portos de Santos (SP), Itaqui (Maranhão) e, no futuro, Vila do Conde (Pará)”, disse o senador Wellington Fagundes, presidente da Frente Parlamentar de Logística e Infraestrutura, em alerta sobre eventuais atrasos caso ocorram mudanças no formato do projeto da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico).

A pontuação do senador ocorreu na sexta-feira (14), em Água Boa, durante audiência realizada com a presença de várias lideranças políticas da região, do governador Mauro Mendes (DEM) e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

A promessa do governo federal é de lançamento do edital para construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) até o final do ano. A garantia foi dada pelo ministro Tarcísio Gomes de Freitas, no evento. Segundo o ministro, a obra é fundamental para incrementar a economia da região. A previsão é de que a obra comece em 2020 e seja concluída em três anos

A Fico deve contar, neste primeiro trecho, com 383 km ligando Campinorte (Goiás) a Água Boa (MT). O projeto total prevê a implantação de 1.641 km passando por Lucas do Rio Verde e Vilhena (Rondônia).

Projetada em 2009 pela Valec, os recursos para o primeiro trecho – num total de R$ 2,7 bilhões - devem vir da renovação da concessão da Estrada de Ferro Vitoria Minas.

Durante a audiência, ele confirmou o empenho para a aprovação do Projeto de Lei 261/18, que cria – dentre outras determinações – o processo de “autorização” por parte da União para desenvolver, de forma menos burocrática, contratos ferroviários, que será precedida de chamada ou anúncio públicos e, quando for o caso, de processo seletivo público. “Isso vai agilizar os investimentos na malha ferroviária brasileira”.

Durante a audiência, as lideranças da região defenderam a pavimentação de trecho da BR-158 passando por dentro da reserva indígena Maraiwatséde. Mas o senador alertou que essa decisão requer a aprovação dos povos indígenas que habitam a reserva. Até o momento, o projeto prevê a pavimentação da rodovia contornando a reserva. “Esse projeto já tem licenciamento ambiental. Mudá-lo pode representar um atraso no início das obras”, alertou. “Não sou contra a mudança do projeto. Apenas faço o alerta de que isso pode atrasar a pavimentação”, disse.

Ainda em Água Boa, o ministro inaugurou, acompanhado do governador Mauro Mendes, senadores Wellington Fagundes e Jayme Campos, deputados federais, deputados estaduais e lideranças políticas da região, da inauguração da travessia urbana da BR-158 naquele município, num total de 5,2 km.

A audiência foi realizada em conjunto pelo Senado Federal, Assembleia Legislativa, prefeitura e Câmara de Água Boa.

Com Assessoria