Da Redação - FocoCidade
A Câmara Federal pode ser palco de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o processo de demarcação da reserva indígena Marãiwatsédé/Suiá Missú, efetivada entre 2012 e 2013, em Mato Grosso. A investigação foi proposta pelo deputado federal, José Medeiros (Pode), lembrando que "cerca de 30 pessoas morreram em função do conflito criado pelos órgãos públicos".
Ele argumentou, na segunda-feira (4), a necessidade de contraprovas e análises periciais dos laudos antropológicos que embasaram a retirada dos 165 mil hectares da posse de pequenos produtores rurais para transformar em terra indígena.
Medeiros acredita que não terá dificuldade de alcançar as 171 assinaturas necessárias para instaurar a CPI na Câmara. O deputado argumenta que a polêmica demarcação na divisa das bacias do Araguaia e Xingú, localizadas no nordeste mato-grossense, foi tratada de maneira ideológica por muitos representantes públicos ignorando os pareceres técnicos e jurídicos. Além disso, não foi levado em consideração o histórico das famílias que por décadas viviam e produziam na região.
"Infelizmente a pauta indígena foi pano de fundo para muita gente alimentar seu fanatismo ideológico durante os governos do PT. Órgãos como a Funai e o Ibama foram utilizados para isso. O que estamos defendendo é a reabertura do processo para que o Brasil tenha a certeza que todos os trâmites técnicos e jurídicos foram realmente respeitados ou se houve algum tipo de direcionamento. Queremos conhecer a robustez das informações colhidas, confirmar se foram verificadas e dar uma resposta a tantas famílias de pequenos produtores que viram seus entes se suicidarem em função da criação da reserva”, disse o parlamentar.
O deputado ressalta que não quer ser artífice de um “novo round” entre indígenas e produtores rurais, mas que considera uma irresponsabilidade, diante de tudo que se descobriu até agora dos governos anteriores, não revisar as deliberações como a Suiá-Missú para que o Brasil se livre de eventuais manchas históricas deixadas nos últimos anos. “Precisamos saber tudo que envolveu essa demarcação, inclusive se haviam interesses internacionais e a provável interferência de ong’s nacionais e internacionais. Sabemos muito bem que muitas organizações se escondem em causas sociais para servir a interesses econômicos ocultos. O que queremos é a verdade”, conclui Medeiros.
Com Assessoria
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