Luís Carlos Nigro
Participei da apresentação do modelo de concessão de cinco, dos principais aeroportos de Mato Grosso, pelo governador Pedro Taques nesta segunda-feira (04). Preciso confessar que sou um verdadeiro entusiasta desse programa. Afinal, no tempo em que estive à frente da pasta de Turismo na atual gestão, trabalhei para transformar anseios em realidade, uma vez ciente do potencial que nosso Estado possui. Afinal, qual outro tem três biomas: Cerrado, Pantanal e Amazônia?
Com grande potencial para o ecoturismo, Mato Grosso é um gigante em belezas naturais, além de ser considerado o celeiro do Brasil. Razões para alavancar e incentivar o setor aeroviário não faltam. Tampouco vontade da nossa parte. Mais do que fomentar voos regionais e nacionais, nosso ideal é reinserir nosso Estado no roteiro internacional, como foi nos tempos da Copa do Mundo de 2014. Mas isso é assunto para um próximo artigo.
O que gostaria de tratar nas linhas atuais é sobre os avanços que conseguimos para o ‘Trade Turístico’ e toda a sociedade mato-grossense nos últimos anos. Exemplo clássico disso é a criação do Programa Voe MT, idealizado pelo governador Pedro Taques, e que contou com minha participação direta e de outros secretários, bem como com o aval dos parlamentares estaduais, e que prevê a desoneração da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS) para a compra do querosene de aviação.
Sem incentivos fiscais, os custos operacionais inviabilizavam a criação de diversos novos voos. Essa medida fez a aviação literalmente decolar em nosso Estado. Evidentemente devemos considerar que o céu ainda não é de brigadeiro. Temos muito a evoluir. Mas também não podemos discordar que Mato Grosso está no caminho certo.
O Voe MT fez com que as companhias aéreas pudessem ampliar suas rotas. Além do vôo comercial direto para Cuiabá saindo de Barra do Garças, a Azul Linhas Aéreas inaugurou recentemente uma nova rota; desta vez, Barra-Cuiabá-Goiânia. Também o novo trecho entre a Capital e a cidade de Sorriso. Já a companhia Asta inaugurou o voo de Tangará da Serra, Campo Novo dos Parecis e Primavera do Leste. E ainda para este ano, teremos inúmeras outras cidades atendidas.
Além do mais, realizamos, em parceria com a Secretaria de Estado de Infraestrutura, municípios e empresários, diversos investimos em melhorias na infraestrutura dos nossos terminais aeroviários de Barra do Garças, Sorriso e futuramente nos aeroportos de Tangará da Serra e Cáceres. No entanto, sozinho o Governo não consegue fazer tudo. Precisamos do apoio da iniciativa privada. Por isso acreditamos ser boa a proposta de concessão dos aeroportos de Cuiabá, Sinop, Barra do Garças, Rondonópolis e Alta Floresta.
Mato Grosso já aderiu ao programa nacional de concessões de aeroportos do Ministérios dos Transportes e a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que deverá fornecer a outorga de 13 terminais aeroviários brasileiros. Para se ter uma ideia dos impactos positivos para nosso Estado, o aeroporto Marechal Rondon deverá receber R$ 518 milhões durante o período em que estará nas mãos da iniciativa privada; Sinop, R$ 82,5 milhões; Alta Floresta e Rondonópolis, R$ 69 milhões cada um; o de Barra do Garças, R$ 50,7 milhões. Detalhe: capital proveniente da iniciativa privada. Assim, encerro confiante de que Mato Grosso decolou quando o assunto é aviação civil. Torço para que em breve possamos respirar novos ares.
Luís Carlos Nigro é empresário e representante do Trade Turístico em Mato Grosso, ex-presidente do Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes e foi secretário adjunto de Estado de Turismo.


Ainda não há comentários.
Veja mais:
Tentativa de roubo de gado: PM prende três homens em flagrante
Governo de Mato Grosso avisa que expediente será normal na 6ª feira
Operação da PF desmantela tráfico de drogas em Mato Grosso
PM confirma prisão de mulher acusada de matar o marido
Em MT: Gaeco integra operação que derruba núcleo do PCC
Sonegação fiscal na mira: Operação integrada bloqueia R$ 35 mi
AL: CCJR reduz limite de remanejamento do Estado de 20% para 5%
Governador promete acionar Justiça contra ampliação de terras indígenas
TJ manda indenizar consumidor que perdeu número de celular
Antropofagia e marcas: a arte de devorar cultura para criar identidade