
Depois de algumas semanas de preparo, com diversos artistas envolvidos na produção, finalmente ocorrerá a homenagem ao poeta Antônio Sodré, nesta segunda-feira (19.02), às 19h30, na Casa Cuiabana.
O evento marcará o início da nova gestão da Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso (SEC-MT), comandada desde janeiro pelo secretário Kleber Lima, que fez questão de, entre uma reunião e outra com artistas locais, participar dos preparativos.
Por uma iniciativa da SEC, que foi abraçada por uma coletividade de artistas e produtores culturais cuiabanos, surgiu o Showdré, um tributo a Antônio Sodré, "O Poeta da Transmutação".
Antônio Sodré foi um artista de Cuiabá que se autodenominava "El poeta de la transmutación". Além de poeta, Sodré transitava pela música, artes cênicas e artes plásticas. A homenagem passeará por todos esses universos, com exposição, recriação de obras, poesias, varais poéticos, sarau de poesias, um vídeo documentário sobre o artista, além do reencontro da maioria dos componentes originais da banda Caximir, da qual Sodré fez parte.
O evento terá curadoria de Mari Gemma; co-curadoria de Bia Corrêa; coordenação de poesia de Aclyse Mattos e Luciene Carvalho; literatura, por Clóvis Mattos; ambiência, pela Associação Cultural Cena Onze; a gerência do Centro Cultural Casa Cuiabana fica a cargo de Luíza Ribeiro e a realização, da Secretaria de Estado de Cultura.
Revivendo os tempos de Caximir, os artistas Adriângelo Antunes, Amauri Lobo, André Balbino, Joel de la Torre, Cristina Campos, Eduardo Ferreira, Fidel Fiori e Rubão Lisboa cuidarão da coordenação de música e palco, com uma nova banda, denominada Pedregal.
Na programação, os fãs de Sodré vão relembrar os clássicos "O Lado Humano Não Acompanha o Tecnológico", "Tão Só Dré", "Fóssil", "Cômica Cósmica", "Outros 500" e "Still Corporation", entre outros sucessos do poeta.
O evento contará, ainda, com as colaborações e participações especiais de Anna Amélia Marimon, José Medeiros, Lúcia Palma, Luiz Renato Pinto, Mário Friedlander, Fernando Greffe Filho, Ramon Carlini e o Fusca Sebo.
Um pouco da história do poeta, por Amauri Lobo
Oriundo da região do bairro Pedregal, em Cuiabá, Antônio se insere na cena cultural cuiabana dos anos 1980 pelo convívio na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mais particularmente do curso de Letras. Dali, desenvolve forte trabalho junto a banda Caximir e na vivência característica da Rua 1 do bairro Boa Esperança, cena conhecida como "Baixo Coxipó", onde foram moldadas diversas personalidades da atual produção artística de Cuiabá.
Mas, uma alma poética e verborrágica daquele tamanho não ficaria por aí e, ao longo das décadas, Antônio Sodré se consolidou como um poeta de quilate. Também como um ser humano incrivelmente puro e cativante, além de ser proprietário da banca de livros (um sebo) na rampa do bloco do Instituto de Linguagens da UFMT. Um ícone.
O universo quis que Sodré ascendesse antes dos demais contemporâneos e ele nos deixou fisicamente em 19/02/2011, por causas naturais.
Vai-se o corpo, mas ficam a obra e os exemplos.
Por isso, Antônio vive!
Ainda não há comentários.
Veja mais:
João Doria elogia: crescimento em MT ocorre por segundo
TCE: contas de Sérgio Ricardo recebem parecer favorável à aprovação
PM mira facção e barra suspeitos de tentativa de homicídio
Mais de 14 milhões de famílias deixaram linha da pobreza em 2 anos
Operação da PC recupera celulares furtados avaliados em R$ 97 mil
TJ: pagamento acima da fatura não gera novo limite de crédito
Mercado financeiro projeta PIB de 2,16% em 2025
E tempo de outro Regime Próprio como deficiente também pode ser averbado?
TJ assevera: acusados de homicídio vão ser julgados pelo Tribunal do Júri
O valor da luz silenciosa!