Onofre Ribeiro
Na última quinta-feira assisti ao debate promovido pelo Lide-Grupo de Líderes Empresariais – MT, aqui dirigido pelo empresário Pedro Neves. Participaram o jornalista Augusto Nunes como mediador e como debatedores o professor Marcos Troyjo e Felipe Miranda da Empyricus. As teses discutidas foram os panoramas políticos e econômicos do Brasil em 2018. O tema do debate foi “O que esperar de 2018”.
No campo político os três analisaram os cenários de ideologia e de candidatos possíveis. No econômico, o ligeiro crescimento da economia e indicação que estabilidade nos anos próximos.
Gostei muito da observação feita de que no mundo os partidos e os candidatos buscam eleitores. No Brasil, em face do descrédito, os eleitores é quem buscam partidos e candidatos. As ideologias em cheque na eleição presidencial de 2018 indicam, segundo os três uma tendência à centro-direita. Nesse caso o perfil mais próximo é o do governador de São Paulo, Geraldo Alkmin. Ou o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Mas não se pode esquecer a presença de Jair Bolsonaro, mais à direita e até mesmo como possível herdeiro dos votos de Lula. A última pesquisa do Datafolha apontou isso. Mas tem um forte complicador no cenário, o apresentador Luciano Huck. Ele preenche muito bem o perfil de centro-direita e de apelo popular. Além de ser conhecido em todo o país. Em todos os cenários o Partido dos Trabalhadores está descartado.
Já no campo econômico, foram muitos os elogios à equipe econômica do governo Temer. Ela deu ao país a respeitabilidade que se perdeu nos desgovernos fiscais da esquerda. A leitura parece promissora. O mundo tem hoje estoques de dinheiro para investimentos como nunca teve em outra época da História. Nesse caso, se o Brasil achar o seu caminho e corrigir as rotas fiscais, será um parceiro mundial que atrairá muitos interesses. Isso representará dinheiro novo para investimentos e para o desenvolvimento.
Porém, as reformas terão que ser forçosamente a agenda do próximo presidente da República. Reformas geram confiança no país e na ordem fiscal.
Ao final do debate, a sensação foi a de que o país está efetivamente passando por um crivo de ética forte iniciada na performance da Operação Lava Jato e que está alcançando os tribunais superiores eleitoral e de justiça. O STF ainda permanece um enigma e parece destinado a ser empurrado pelas ações das instâncias judiciais de baixo.
Por fim, o próximo presidente só terá governabilidade numa agenda clara e forte de reformas. O brasileiro, diz Marcos Troyjo está discutindo política em qualquer lugar. Está aprendendo e se politizando a partir das últimas crises.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso


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