• Cuiabá, 09 de Setembro - 2025 00:00:00

Sinop: crise atenuada com corte nas despesas e política de atração de investimentos


Da Redação - FocoCidade

Municípios polo como Sinop devem chegar ao final deste ano com chances reais de fechar o ano em equilíbrio fiscal e financeiro, contando com o vigor da receita própria como carro-chefe nos cofres públicos, num orçamento global para o atual exercício de R$ 388,6 milhões em receita líquida conforme a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2017.

Prefeita Rosana Martinelli (PR) faz parte do coro de gestores do Estado que pede revisão sobre os recursos destinados aos municípios, e cobra o Governo em razão de atrasos nos repasses da Saúde.

A administração da gestora também está na lista das prefeituras que deverão conseguir fechar as contas no fim de ano em equilíbrio, mas que só chegaram a esse patamar no cenário de crise após lançarem medidas de corte de despesas.

Decreto expedido no início da atual administração determinou o enxugamento de gastos, que permitiram segundo a prefeita assegurar um campo menos oneroso para garantir serviços à população. Paralelamente, o município imprime política arrojada para cooptar novos investidores. A mais recente conquista se refere à instalação da primeira usina de álcool de milho, em investimentos que devem chegar a R$ 500 milhões.

A Indústria Paraguaya de Alcoholes S.A. (INPASA), uma empresa de capital aberto, iniciará as construções a partir do mês de fevereiro de 2018 e pretendente finalizar e colocar em funcionamento em, no máximo, dois anos. A previsão é de que a obra possa gerar até 3 mil empregos (diretos e indiretos).

No campo da Saúde, a prefeita cobra o Governo do Estado em repasses que atingem 32 municípios da região, considerando ser Sinop referência no atendimento. “Não é boa a resposta do Estado, porque como gestor tem que tomar medidas prioritárias. O Governo não está priorizando a Saúde. A gente vem cobrando esse planejamento do Estado. O Governo sacrifica os municípios em função da ingerência”, criticou Rosana Martinelli.

A “resposta do Estado” foi pontuada no encontro de prefeitos promovido pela Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), na sexta-feira (10), pelo secretário chefe da Casa Civil, Max Russi. Na ocasião, Russi assinalou o empenho do Governo para efetivar o pagamento das pendências na Saúde, mas lembrou as dificuldades de arrecadação dos cofres públicos e frisou que o Executivo depende de repasse de recursos do Governo Federal para quitar as dívidas no setor, leia-se o FEX (Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações) da ordem de R$ 496 milhões.

Sobre o município

Em 2014, tinha um PIB per capita de R$ 33807.26. Na comparação com os demais municípios do estado, sua posição era de 42 de 141. Já na comparação com cidades do Brasil, sua colocação era de 601 de 5570. Em 2015, tinha 51.4% do seu orçamento proveniente de fontes externas. Em comparação às outras cidades do Estado, estava na posição 118 de 141 e, quando comparado a cidades do Brasil todo, ficava em 4931 de 5570. (Fonte: IBGE)

Principal cidade do Norte mato-grossense, Sinop tem 43 anos de fundação e 38 anos de emancipação política. Apesar da pouca idade, a cidade de médio porte figura entre os municípios com alto índice de desenvolvimento municipal e qualidade de vida para sua população. Conta mais de 130 mil habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Localizada a 500 quilômetros da capital Cuiabá, Sinop integra o Portal do Agronegócio, classificação atribuída pelo Ministério do Turismo, de forma a permitir ao poder público identificar as potencialidades das cidades neste nicho e estruturar a promoção do turismo, investimentos e políticas públicas voltadas aos desenvolvimentos econômico e social. É o sexto no ranking dos exportadores (MDIC/SECEX 2016).




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