Da Redação - FocoCidade
O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga, voltou a tecer duras críticas contra o Governo, em razão de atrasos nos repasses à Saúde. Fraga e o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Mauro Curvo, visitaram na sexta-feira (27) os hospitais municipais de Tangará da Serra, Nortelândia e Diamantino.
O Executivo assinala o esforço para sanar as pendências, frisando a urgência de repasses de recursos do Governo Federal para tirar o caixa público do sufoco.
O objetivo era conhecer as dificuldades que os gestores municipais estão encontrando para manter o atendimento nas unidades hospitalares. As visitas foram acompanhadas pelos prefeitos Fábio Junqueira, Jossimar José Fernandes (Zema) e Eduardo Capistrano, e pelos secretários municipais de saúde.
Durante as visitas, Fraga criticou o Governo do Estado pelas consequências dos constantes atrasos e reduções de repasses para a saúde. “Quando o estado deixa de repassar os recursos para os municípios, quando ele reduz drasticamente os valores destinados aos hospitais regionais, ele penaliza a população mais carente, que depende do Sistema Único de Saúde”, disse.
Neurilan afirmou que a manutenção do atendimento nas unidades regionais é fundamental para evitar a superlotação dos hospitais de Cuiabá em Várzea Grande. “Se as regiões dispusessem de hospitais bem estruturados, as prefeituras não precisariam enviar constantemente os seus pacientes para a capital, além de dar mais conforto ao cidadão que será atendido perto do local de residência. As prefeituras não têm capacidade para financiar sozinhas esses serviços”, completou.
O hospital municipal de Tangará da Serra tem potencial para acolher boa parte da demanda do Médio Norte mato-grossense. Inaugurado em junho de 2016, a estrutura é resultado de um investimento do executivo municipal da ordem de R$ 6 milhões. A unidade possui 46 leitos hospitalares, 10 leitos de UTI adulta e três salas cirúrgicas. No local também funciona a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.
De acordo com o prefeito Fábio Junqueira, o hospital não está funcionando em sua capacidade total por falta de recursos para financiar a contratação dos profissionais necessários. “A prefeitura de Tangará já investe 35% do seu orçamento em saúde. Para que o hospital esteja 100% funcionando seria preciso um investimento de R$ 1,2 milhão”, explicou. O gestor contou que está negociando com o governo do estado um aporte de R$ 400 mil que deve colocar parte da estrutura em funcionamento.
Em Nortelândia, os atrasos nos repasses do Governo do Estado já somam cerca de R$ 650 mil. O débito impossibilitou a prefeitura de manter a normalidade no atendimento clínico na unidade, que está temporariamente suspenso. De acordo com o secretário de Saúde, Leonan Cruz, a prefeitura conseguiu manter apenas os serviços de urgência e emergência, e ginecologia e obstetrícia. “Com os recursos próprios e os repasses do Governo Federal para média e alta complexidade, a prefeitura conseguiu manter esses serviços nos quais Nortelândia é referência na região”, ressaltou. Se os repasses não forem regularizados, o secretário avalia que o hospital municipal pode paralisar totalmente o atendimento.
O prefeito de Diamantino, Eduardo Capistrano, agradeceu pelas visitas e pela oportunidade de mostrar a situação do hospital São João Batista. Ele contou que o hospital sofreu um corte de R$ 169 mil na verba repassada pelo estado, tornando insuficientes os recursos para o custeio da unidade. “Outro agravante são os atrasos nos repasses, estamos desde julho sem receber os recursos do estado e já contabilizamos três meses de atraso no pagamento dos médicos. Tudo isso refletiu na paralização do atendimento clínico”, relatou o gestor.
Para o procurador Mauro Curvo é preciso que sejam feitos investimentos para a criação de um polo regional de atendimento. “O estado precisa investir mais em saúde para que esses hospitais sejam melhores aproveitados e atendam a população com dignidade”, frisou. (Com assessoria)
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