Marcelo Sandrin
Assunto sensível aos ideologicamente comprometidos na realidade se presta ao “me engana que eu gosto” da política brasileira.
É só vermos o deslumbre da Copa e a miséria de seu legado. Contra a legislação vigente abriram essa possibilidade, com razoável pagamento de estrangeiros médicos???
Vir trabalhar no país sem certificação alguma dos Conselhos responsáveis. Encaminhados a locais distantes sem nenhum suporte ético, os médicos que são médicos se esforçam no dia a dia e praticam o mais estimulado em nossa saúde.
Seguindo a “rebocoterapia”, põem na ambulância e tchau. Além disso, pagam a uma ditadura bons dólares e a ditadura repassa ao trabalhador médico mais ou menos 20% do valor que pagamos à ditadura???
Não vamos discutir aqui porque médicos brasileiros não se fixam no interior. Passa por falta de condições de trabalho, remuneração vil e descompromisso.
Perdi o número. Centenas de ex-alunos nossos da UFMT, mais recentemente da UNIC que foram para o interior e rapidamente voltaram. Não pagam o acordado. Querem que o médico seja um serviçal da política dominante.
Já esses ditos médicos têm interesses outros. Alguns do primeiro mundo passam um tempo num curioso país chamado Brasil. Outros desempregados punidos incapazes à prática da boa medicina também estão aí. Ideologicamente, ou obrigados a estar aqui, é onde mora o perigo.
Se medicina de ditadura fosse muito boa e eficaz deveríamos então voltar à ditadura, pelo menos o primeiro problema da população brasileira estaria resolvido e não estaríamos infelizes e preocupados como nos encontramos: profissionais, pacientes, famílias em tempos tão difíceis.
Não existe argumento político ético ou legal que suporte o trabalho de profissionais de onde forem em nosso país sem a regularização de sua capacidade técnica profissional. O mais, como disse, é me engana que eu gosto!
Marcelo Sandrin é médico em Cuiabá
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