• Cuiabá, 24 de Agosto - 2025 00:00:00

Ex-governador revela esquema para compra da vaga de Bosaipo


Da Redação - FocoCidade

Na delação, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) descreve um dos episódios para compra de vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE), envolvendo diretamente o deputado Gilmar Fabris (PSD), que seria segundo o peemedebista um dos articuladores para tratativas acerca da vaga do conselheiro Humberto Bosaipo.

Na intenção de “comprar” a vaga de Bosaipo, que na época seria aberta, Fabris segundo Silval Barbosa articulou um esquema de pagamento de precatórios a cargo do Executivo, com retorno de R$ 8 milhões à empresa beneficiada.

“No ano de 2014, o colaborador se recorda que a vaga no TCE do conselheiro Humberto Melo Bosaipo iria ficar vaga, tendo em vista que BOSAIPO iria se aposentar sendo que a vaga estava sendo disputado pelos deputados estaduais José Riva para colocar sua esposa Janete Riva e Gilmar Fabris que gostaria de assumir. José Riva procurou o colaborador dizendo que se fosse elaborado o ato normativo pela AL/MT nomeando JANETE RIVA, se haveria problema para o colaborador sancionar, tendo o colaborador concordado tendo em vista que respeitaria a escolha da AL, mas houve muita resistência por parte dos servidores do TCE/MT”, pontua trecho da delação.

Esquema

“Nessa mesma época o colaborador foi procurado pelo deputado estadual Gilmar Fabris, que disse ao colaborador que queria essa vaga do TCE para ele, que ele (GILMAR) teria conversado com os deputados estaduais e que já havia combinado os pagamentos para os deputados para ficar com a vaga, que iria custar mais que R$ 8 milhões, pedindo para o colaborador auxiliar nesse valor, sendo que após recusa do colaborador por não ter de onde tirar esse valor, Gilmar Fabris disse que iria arrumar uma solução. No outro dia, acreditando que no ultimo trimestre 2014, Gilmar procurou o colaborador e disse que tinha uma solução, que seria com o pagamento de precatórios da Construtora Rivolli, no valor aproximado de R$ 25 milhões de reais, sendo que Gilmar tinha conversado com os representantes da empresa e que haveria o retorno necessário para o pagamento da vaga. O colaborador disse que não tinha dinheiro para pagar o precatório, pois era fechamento do Governo”.

Valor

“No outro dia Gilmar Fabris retornou e insistiu para o colaborador pagar parte do precatório, pois havia combinado com o proprietário da empresa que se o Estado pagasse em torno de R$ 8 milhões de empresa devolveria todo o valor a titulo de propina, no compromisso que GILMAR continuasse brigando para receber o restante do precatório. Após tal fato o colaborador pediu para verificar, não se recordando com quem, se estava tudo certo, tendo recebido a resposta positiva, tendo o colaborador pago cerca de R$ 8 milhões desse precatório, sendo que após pagar o precatório GILMAR FABRIS confirmou ter recebido a propina do valor total da empresa.”

Desistência da vaga

“O colaborador, no final de 2014, o deputado estadual reeleito em 2014, Walter Rabelo faleceu, tendo GILMAR se desinteressado pela vaga em razão resistência do TCE e morte de Rabelo ele desistiu da vaga, sendo que nessa época o colaborador conversou com Riva sobre assumir tal vaga, tendo José Riva informado que teria arcar com os custos da vaga com os deputados na AL, não chegando a falar sobre valores, mas logo depois veio decisão do STF determinando que a vaga ficasse vaga, motivo pelo qual as conversas cessaram.”




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