Governador Pedro Taques (PSDB) minimizou o cenário de críticas pontuadas a ele pelo presidente do PP estadual, Ezequiel Fonseca. Numa linha mais tênue, e diferente de seu estilo "bateu, levou", Taques na manhã desta terça-feira (22) estrategicamente projetou essa seara para o campo da "calmaria".
"É bom que nós tenhamos outros candidatos. Aí vamos mostrar o que foi feito em Mato Grosso", respondeu aos questionamentos da imprensa, acrescentando em tom de brincadeira: "vou revelar que serei candidato a ser um bom governador por Mato Grosso".
Ezequiel fez duras críticas ao governador, em entrevista à Rádio Capital. "Eu posso dizer que tem pessoas que defende o Pedro dentro do PP, como têm pessoas que são radicalmente contra. Eu por exemplo não vou defender essa permanência com Taques. Acho que ele é autoritário. Acho que ele pensa que sabe tudo. Vejo que para governar um Estado precisa primeiro ouvir as bases, e ajudar quem ajudou a eleger.”
O presidente do PP é alinhado ao projeto do senador Wellington Fagundes (PR), que busca respaldo para construção de corrida ao Palácio Paiaguás. O republicano contaria a seu favor uma gama considerável de prefeitos no interior que estariam dispostos a balizar sua candidatura.
No PP a questão não está definida, com análises ainda em curso de outros líderes, leia-se o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
O grupo político de Taques busca Maggi como apoiador no plano de reeleição. Em que pese rumores de que o governador já teria selado a "chapa" para 2018, é fato que a conta na fecha.
Uma das linhas dos apoiadores do chefe do Executivo estadual desenha Taques na reeleição, numa costura que colocaria Maggi e o ex-prefeito Mauro Mendes (PSB) na disputa ao Senado. Essa via não se sustentaria, na opinião de líderes próximos do governador, porque não abrigaria o ex-senador e secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, Jaime Campos (DEM).
Quem conhece o democrata sabe que "vice" não é função que o agrade, além de ter o projeto direcionado a um eventual retorno ao Senado. E Jaime Campos já teria selado respaldo ao projeto de Taques.
O grupo de Blairo Maggi, e seu primo e megaempresário Eraí Maggi, poderá se dividir em tratativas sendo estudadas e que incluem também o nome do vice-governador Carlos Fávaro (PSD).
Nesse tabuleiro incerto da formação, surge ainda o nome do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Antonio Joaquim, que já se despede da Corte de Contas com meta de disputar o próximo pleito, em conversas que passam por partidos como o PMDB e o PTB.


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