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'Não preciso que um promotor de Justiça venha me dizer o que é crime', dispara Stringueta

  • Em Geral
  • 17/07/2017 10:07:25

Delegado Flávio Stringueta reagiu, mais uma vez, à posição da Procuradoria-Geral de Justiça no caso dos grampos e mandou recado:  “eu não preciso que um promotor de justiça venha me dizer o que é crime ou o que deixa de ser crime. Tenho o mesmo conhecimento jurídico que qualquer outro promotor aqui do Estado. Muito infeliz as colocações dele. Não admito”, disparou em entrevista à Rádio Capital, na manhã desta segunda-feira (17).

O delegado está afastado das investigações de escutas ilegais, por decisão dele relacionada à problemas de saúde. Stringueta negou que sua decisão esteja relacionada ao ofício encaminhado pelo procurador-geral de Justiça, Mauro Curvo, acerca das investigações de membros do Ministério Público na esteira dos grampos ilegais.

“A decisão não teve nada a ver com o ofício. Esse tipo de embate me anima, me fortalece. A decisão não foi minha e sim tomada pelos médicos que me acompanham”.

Na semana passada Stringueta tornou público o ofício encaminhado pela PGJ, classificando o documento como uma afronta.

Em nota, o MP pontuou que “o Procurador-Geral de Justiça, Mauro Benedito Pouso Curvo, esclarece que após tomar conhecimento de que havia sido nomeado um "Delegado especial" para investigar condutas, em tese, criminosas, imputadas pela OAB a membros do Ministério Publico, em total afronta ao ordenamento jurídico, uma vez que, tal investigação é, por lei, confiada ao Procurador-Geral de Justiça, encaminhou, imediatamente, ofício a Flávio Stringueta   alertando que, se fizesse tal investigação, incorreria em crime de usurpação de função e improbidade administrativa”.

O delegado considerou ainda a possibilidade de seu afastamento ser apenas temporário e de vir a integrar novamente a equipe que visa esclarecer o campo de escutas ilegais. Destacou ainda indicação de outro delegado para coordenar os trabalhos, que precisa passar pelo crivo da direção-geral da Polícia Civil no Estado.

“O afastamento é provisório, por 30 dias e espero retornar e ajudar nas investigações. Foi indicado o delegado Marcelo Torachs da Delegacia de Roubos e Furtos de veículos, que precisa passar pelo crivo do delegado geral. Com certeza dará respostas rápidas”, ponderou.




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