Eumar Roberto Novacki
Se por um lado as regras no Estado brasileiro têm a finalidade de garantir a segurança jurídica dos atos do ente público, afinal na administração pública só pode ser feito aquilo que a lei permite, por outro, é fácil perceber que o excesso normativo ganhou conotação negativa, atrapalhando o desenvolvimento econômico e social do país. São tantas normas, procedimentos e comportamentos que tornam as organizações públicas ineficientes, bem como as corporações e empresas privadas.
Ouso dizer que sofremos todos de uma burocracia crônica (e burra), que precisa ser tratada pontualmente. E foi com esta proposta que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), sob liderança do Ministro Blairo Maggi, implementou o Plano Agro Mais, que veio desburocratizar e modernizar a gestão, voltada aos resultados do setor produtivo.
Com ele, já conseguimos resolver mais de 560 problemas que foram apresentadas por associações e sindicatos que representam o agronegócio. Como não nos norteamos pela máxima de que se o governo não atrapalha já está de bom tamanho, além de não atrapalhar, traçamos metas ousadas que visam destravar e também estimular o crescimento de todos os segmentos do agro.
Você deve estar pensando, que essa é mais uma política para beneficiar os grandes produtores. No entanto, na prática tem ocorrido justamente o contrário. Na esteira do Agro Mais temos o ‘Agro Mais produtor rural’, que é uma forma de ampliar nosso leque de atendimento por meio de capacitação e qualificação do pequeno produtor.
A experiência nos mostra que desde que foi implantado o plano pelo ministro Blairo Maggi, as pequenas propriedades tiveram um aumento de até 50% na sua renda. Tudo isso porque agregaram técnicas corretas de gestão e de cultivo, voltadas para a sustentabilidade, a economicidade e a eficiência. Sem essas metodologias, o que acontecia era o dinheiro escorrer pelo ralo.
Só atingiremos a ousada meta de 10% da participação brasileira no comércio agropecuário mundial em 5 anos (atualmente é 7%), se incluirmos o pequeno e médio produtor nessa cadeia positiva. E muito tem sido feito.
Um exemplo foi a entrega de kits irrigação a municípios de Mato Grosso, em maio deste ano. A tecnologia garante economia de até 60% no uso da água na lavoura, preserva o solo e gera um incremento de mais de30% na produtividade. Em alguns casos, inclusive viabiliza a produção em determinadas localidades, gerando mais renda e riqueza ao produtor e à região.
Além de evitar o desperdício de água, a técnica por gotejamento impede o desenvolvimento de ervas daninhas na lavoura, acabando com o trabalho de limpeza permanente ao redor da plantação. Ou seja, algo simples e ao mesmo tempo transformador que está ao alcance dos produtores!
Queremos fazer mais, abrindo novos mercados e também consolidando as relações comerciais já estabelecidas, porém de certa forma estremecidas em razão das crises enfrentadas.
Avançamos bravamente em meio a moinho de ventos, perseguindo a crença de que ‘não há crise que resista ao trabalho’. Então, mãos à obra!
Eumar Roberto Novacki é secretário Executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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