Da Redação - FocoCidade
Governador Pedro Taques (PSDB) encaminhou ofício ao presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos, pontuando possível vazamento de informações sigilosas. Membros da Corregedoria da Polícia Militar do Estado teriam supostamente vazado informações em relação à seara de escutas ilegais.
Esse cenário foi levado à conhecimento do chefe do Executivo estadual por três secretários de Estado: Casa Civil, José Adolpho; Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira e Casa Militar, Evandro Lesco.
Nesta sexta-feira, segundo fonte, o desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, autorizou a prisão de Siqueira e de Lesco.
Em trecho do ofício, Taques relata o ocorrido. “Foi me comunicado que o sr. Corregedor-geral da Polícia Militar, sr. Alexandre Corrêa Mendes, e o sr. Diretor de Inteligência da Polícia Militar, tenente cel. Victor Paulo Fortes Pereira, estiveram às 8h45min no gabinete da Casa Militar e, na presença dos secretários de Estado acima citados, disseram para ‘se prepararem’, pois foram chamados pelo encarregado do Inquérito Policial Militar, sr. Jorge Catarino de Moraes, para preparar uma operação de busca a apreensão e possíveis cumprimentos de mandados de prisão”.
Considerou ainda no documento que “estariam em aguardo de deliberação junto a este Tribunal de Justiça, cujos alvos seriam a Casa Militar e endereços residenciais de servidores do órgão”.
O governador pediu providências sobre o ocorrido, assinalando não compactuar com vazamento de informações sigilosas. “Desta feita, por não compactuar com vazamentos de informações sigilosas, quebra de segredo de justiça e cometimento de crimes, pois, no mínimo, e, em tese, o corregedor e o oficial cometeram delitos de Quebra de Sigilo de Informações, comunico a Vossa Excelência tais fatos para providências de mister”, acentuou o governador.
Resposta do Tribunal de Justiça
Por meio da assessoria, o presidente do TJ, desembargador Rui Ramos pontua que" o fato dos dois oficiais da PMMT se dirigirem à Casa Militar, não envolveu servidores, juízes do Judiciário, nem militares cedidos ao PJMT, muito embora a indignação do governador tem sua razão de ser."
Considerou ainda que "assim que recebeu o ofício o encaminhou ao então comandante da PM e ao cel encarregado pelo inquérito militar, bem como à Corregedoria e ao desembargador Orlando de Almeida Perri (relator), para conhecimento e providências."


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