Vinícius Bruno ? Especial para o FocoCidade
A safra 2017/2018 da cana-de-açúcar começou este mês e a expectativa é que sejam colhidas 15,936 milhões de toneladas, em Mato Grosso. O volume é 2,5% menor que a produção da safra do ano anterior, que foi de 16,341 milhões (t). Por outro lado, a produtividade deverá ter acréscimo de 1,1%, passando de 71,093 (t) para 71,853 (t) por hectare. Os dados fazem parte do 1º Levantamento do Acompanhamento da Safra Brasileira de Cana-de-Açúcar, que é divulgado trimestralmente pela Companhia Nacional de Abastecimento (Mapa).
De acordo com a pesquisa, a retração esperada é 3,5% na área plantada com cana-de-açúcar no Estado, durante esta temporada, baixando de 229,9 mil hectares para 221,8 mil hectares. “Esta estagnação é reflexo da falta de investimentos nas lavouras nos últimos anos devido à crise no setor sucroalcooleiro, pois o plantio de novos talhões não acompanhou a erradicação da soqueira”, ponderam os técnicos da Conab.
Embora há perda na área plantada, houve aumento de 11% na área renovada com novas plantas nesta safra, passando de 26,7 mil hectares na temporada 2016/2017 para 29,6 mil hectares na safra 2017/2018. A área com mudas aumentou 3,9% no período, saindo de 6 mil/há para 6,2 mil/ha.
Quanto as condições climáticas, a expectativa é que as chuvas ocorram dentro da normalidade este ano. “Após as chuvas escassas na maior parte da safra 2016/17, o final do ciclo registrou precipitação pluviométrica acumulada acima do ideal, conforme os relatos das unidades produtoras, durante o primeiro trimestre de 2017. A expectativa para a safra 2017/18 é que o clima contribua para a eventual recuperação da produtividade das lavouras de cana-de-açúcar em Mato Grosso, com precipitação pluviométrica dentro da normalidade”, pontua o relatório da Conab.
Por outro lado, o boletim informa que o excesso de precipitação tem atrasado o corte da cana-de-açúcar, fazendo com que as unidades produtoras trabalhem em ritmo lento, o que deverá postergar em algumas semanas a moagem devido às chuvas reduzirem o ATR da lavoura – indicador que representa a quantidade de açúcares da cana – diminuindo dessa forma a qualidade da cana no processo de processamento em açúcar ou em etanol.
Investimentos
Para a Conab existe uma tendência de recuperação de preços do açúcar e do etanol, o que indica melhoria da lucratividade do setor. “Assim, parte dos rendimentos está sendo revertida em ampliação e manutenção das instalações industriais. Portanto, há expectativa de maior eficiência no processo de moagem da cana-de-açúcar na atual safra. Na área agrícola também há perspectiva de retomada dos tratos culturais, diferentemente do que ocorreu em safras anteriores. Contudo, o desempenho produtivo das lavouras não será imediato”.
Produção de açúcar
Apesar do relativo aprimoramento industrial do setor sucroalcooleiro mato-grossense, a estimativa é que haja queda de 13,7% na quantidade de cana que será destinada para a produção de açúcar, baixando de 2,706 milhões (t) na safra 2016/2017 para 2,335 milhões (t) na atual safra.
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