Sonia Fiori - FocoCidade
Depois de demonstrar "surpresa" com a citação de seu nome nos contornos da Lava Jato, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi disse, por meio de nota, que lamenta o ocorrido considerando ter sido cerceado seu direito à ampla defesa. Maggi assegura novamente não ter participado de irregularidades e diz estar com a consciência tranquila "de que não fez nada errado".
Confira a nota na íntegra:
"Lamento que meu nome tenha sido incluído numa lista de pessoas citadas em delações da Construtora Odebrecht, sem que eu tivesse qualquer possibilidade de acesso ao conteúdo para me defender. Me causa grande constrangimento ter minha honra e dignidade maculadas, numa situação na qual não sei sequer do que sou acusado. Mesmo assim, gostaria de esclarecer que:
1. Não recebi doações da Odebrecht para minhas campanhas eleitorais.
2. Não tenho ou tive qualquer relação com a empresa ou os seus dirigentes.
3. Tenho minha consciência tranquila de que nada fiz de errado."
O ministro é um dos alvos do Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento na Lava Jato. Ele é um dos nove ministros do atual governo alvo de investigação. O pedido de instauração de inquérito foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
O Estadão teve acesso ao despacho do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. Os inquéritos teriam sido instaurados com base no depoimento de 40 delatores ligados a empreiteira Odebrecht.
Maggi é acusado nos autos de ter recebido R$ 12 milhões da empreiteira Odebrecht. Seriam recursos destinados à campanha de 2006, período em que disputou a reeleição ao comando do Estado.
Os executivos João Antônio Pacífico Ferreira e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto citam o nome do ministro num esquema de pagamento de propina destinado ao caixa 2 de campanha. Consta na delação que a empreiteira tinha créditos a receber de MT e Mato Grosso do Sul, em dívidas reconhecidas mas "emperradas" em razão da falta de fluxo nos cofres públicos.
A Odebrecht tentava receber o pagamento da União com apoio de agentes públicos. E nesse cenário é que consta a suposta participação do ex-secretário de Estado, Éder Moraes, que teria exigido propina visando facilitar o pagamento, sendo repassada à campanha.
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