Etanol perde espaço para gasolina e venda de diesel é favorecida pelo Agronegócio

Em Economia
11/04/2017 08:04:11

Vinícius Bruno - Especial para o Foco Cidade

Após encerrar 2016 com queda de 3,75% nas vendas de combustíveis, Mato Grosso registra aumento de 0,9% no 1º bimestre de 2017. O maior volume comercializado é puxado pelo varejo de óleo diesel, que teve aumento de 2,9% sobre igual período do ano anterior. Os dados são da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Entre janeiro e fevereiro foram vendidos 463,145 milhões de litros de óleo diesel no Estado. O volume é utilizado para abastecer mais de 67 mil caminhões que compõem a frota do Estado, conforme dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), entre outros veículos.

Os veículos pesados são mais demandados no primeiro bimestre do ano, pois é quando se colhe a soja em Mato Grosso. Em igual período do ano passado foram consumidos 450,098 milhões de litros de óleo diesel, diferença de 2,9% se comparado com igual período deste ano.

O varejo de gasolina também registrou aumento no 1º bimestre com 102,381 milhões de litros comercializados. O volume é 7,9% maior se comparado com o igual intervalo de 2016, quando foram 94,917 milhões de litros.

Na contramão – O etanol vem perdendo a preferência dos consumidores mato-grossenses. Nos dois primeiros meses de 2017 houve queda de 13,5% no volume de etanol comercializado no Estado, baixando de 97,460 milhões de litros no 1º bimestre de 2016 para 84,321 milhões de litros em igual período deste ano.

No cenário nacional o etanol também perde espaço de forma considerável. Enquanto que nos dois primeiros meses de 2016, foram comercializados 2,352 bilhões de litros do biocombustível, em igual período deste ano foram apenas 1,749 bilhão de litros.

Por sua vez, as vendas de gasolina no contexto nacional ampliaram 7,1% no período analisado, passando de 6,785 bilhões de litros no primeiro bimestre do ano passado para 7,269 bilhões de litros em igual período deste ano.

O varejo de óleo diesel ficou em queda no país, com retração de 2,8%, baixando de 8,227 bilhões de litros para 7,999 bilhões de litros entre um ano e outro.