Onofre Ribeiro
Via de regra os destinos da eleição seguinte começam a se desenhar dois anos antes. Claro que nem todos os principais cargos são decididos com tanta antecedência. Porém, em 2018 espera-se um quadro político absolutamente enigmático. Pesam dúvidas e mais dúvidas sobre os cenários. De um lado, o desgaste generalizado do mundo político. De outro, os possíveis desmontes que a Operação Lava Jato ainda vai produzir. E ainda mais uma possível retomado do crescimento que poderá exigir no inconsciente coletivo uma varrida de nomes hoje considerados inconfiáveis.
Contudo, dá pra exercitar um ambiente político-eleitoral para Mato Grosso em 2018. No horizonte aparecem quatro possíveis candidaturas a governador, com forte interferência nas duas vagas de senador do ano que vem. No primeiríssimo plano aparece o governador Pedro Taques, candidato natural à reeleição. Soma-se o fato de que está se dedicando a exercitar a política ao limite. Pegou gosto e modificou a conduta dos dois primeiros anos, quando ficou distante de palanques.
Além dele aparecem Antonio Joaquim, conselheiro do Tribunal de Contas, ex-deputado estadual, federal e secretário de Estado nas gestões Dante de Oliveira. Mauro Mendes, ex-prefeito de Cuiabá até o ano passado. Muito bem avaliado pela sociedade tem um perfil muito convincente. Em 2010 foi candidato a governador e teve votação muito relevante, de 472 mil votos, contra 759 do governador eleito Silval Barbosa.
Sua decisão é mais complicada porque ele fatalmente será aliado do governador Pedro Taques e nesse caso, certamente abrirá mão da candidatura ao governo. Resta o senador Welinton Fagundes, que tem ensaiado esse vôo. De todos é o de menor articulação na capital. Seu principal aliado seria o ministro Blairo Maggi de quem já foi aliado. Mas Maggi disse-me outro dia em Brasília que não fará oposição a Pedro Taques pra não gerar incertezas na gestão estadual.
Welinton pode continuar senador até 2022. Maggi deseja se reeleger senador em 2018. Mauro Mendes, se desejar continuar na política, tem muita chance como candidato a senador. Nesse quadro, as coisas estão razoavelmente claras no cenário de agora. Até o ano que vem muitas coisas poderão mudar. Antonio Joaquim se não construir sua candidatura a governador, tem a chance do Senado. Porém, só uma posição parece concreta: a candidatura do governador Pedro Taques. As demais precisarão ser construídas.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso


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