Da Redação - Foco Cidade
O setor de varejo em Mato Grosso perdeu 3,339 mil empresas em 2016, um crescimento de 47,5% se comparado com 2015 quando 2,263 mil empreendimentos fecharam as portas no Estado. Os dados do balanço da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelam que no país foram extintas 108,7 mil empresas em 2016, 6,6% a mais que no ano anterior, quando 101,9 mil lojas fecharam as portas.
De acordo com os técnicos da CNC a retração aguda no setor de varejo está estritamente relacionada com a queda no nível de consumo das famílias, que baixou significativamente nos últimos dois anos. Outros fatores macroeconômicos são destacados pelos especialistas que chamam atenção para o elevado nível de desemprego.
“A falta de dinamismo no mercado de trabalho e o crédito mais caro e restrito explicam parte significativa das perdas de vendas nos últimos anos que, por sua vez, justificaram a necessidade de ajuste de custos por parte das empresas do setor, em especial nos seus quadros de funcionários. Não por acaso, o saldo entre admissões e desligamentos de trabalhadores com carteira assinada no varejo ficou negativo em 182,0 mil postos no ano passado, seu pior resultado desde 2004”, relatam os técnicos da CNC.
Apesar do cenário nada favorável para atividade do varejo, o relatório da CNC aponta que a partir do 2º semestre de 2016 houve uma clara tendência de arrefecimento da queda do número de estabelecimentos.
“De janeiro a junho de 2016, o varejo perdeu 67,6 mil pontos de venda, ao passo que, no segundo semestre daquele ano, o setor registrou o fechamento líquido de 41,1 mil lojas – número inferior, inclusive, ao observado na segunda metade de 2015 (-74,1 mil lojas). Em todo aquele ano, 101,9 mil lojas baixaram definitivamente suas portas”, pondera o relatório.
Setores – Os supermercados, assim como o varejo de produtos alimentícios, bebidas e fumo foram os que mais sentiram o impacto da crise em 2016 registrando o fechando de 34,8 mil lojas em 2016, em todo país.
Em seguida, estão as lojas de vestuário, calçados e acessórios com 20,6 mil empreendimentos encerrados no ano passado. Também figuram entre os setores que mais perderam unidades: lojas de materiais de construção (-11,5 mil) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico tais como eletroeletrônicos, joalherias, óticas e utilidades domésticas (-10,5 mil). Segundo dados da RAIS mais recente, o varejo contava com um total de 3,9 milhões de estabelecimentos comerciais ao final de 2015.

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