Sonia Fiori - Foco Cidade
O presidente nacional do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira, confirma uma projeção já desenhada dentro do partido desde 2015, de lançar o senador por Mato Grosso e ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, à presidência da República em 2018. Blairo, que prefere dizer que “não é candidato de si mesmo” e seria um entusiasta do projeto, não assume, até como forma de não fechar outras portas como uma eventual candidatura do atual presidente Michel Temer reeleição pelo PMDB.
“Acho que o partido está num momento maravilhoso de crescimento. Nós nos tornamos hoje o terceiro maior partido do Congresso Nacional, estamos comandando pastas importantíssimas como nas áreas da Saúde e Agricultura. E temos a grande esperança em 2018 consolidar o nome do Blairo. As pesquisas qualitativas demonstram que o eleitorado brasileiro precisa de um nome com o perfil do Blairo Maggi, que é um perfil conservador, da livre iniciativa, que a gente possa levar suas bandeiras que hoje é uma tendência não só do país mas em nível mundial”, assinalou Ciro Nogueira.
A construção de uma plataforma coesa para uma terceira via na corrida presidencial conta inclusive com amarrações de líderes do PMDB, em conversas afinadas com o presidente Michel Temer.
O desenho começa a receber novas cores não apenas de siglas partidárias, como o próprio Ciro Nogueira acentua, agremiações que se identificam ao PP, sendo o PSD, PR e PTB e DEM inicialmente.
Na análise do presidente do PP, em entrevista nesta terça-feira (07) à Rádio Capital, o agronegócio, como não poderia deixar de ser, deve um dos principais pilares de sustentação da ousada plataforma progressista, apostando no perfil conservador do ministro e em sua reconhecida capacidade de gerir com eficiência a máquina pública.
Blairo Maggi governou Mato Grosso por dois mandatos (2003/2010). Deixou o comando do Estado em março de 2010 para disputar o Senado, sendo eleito com mais de 1 milhão de votos, e aprovação popular de seu governo que superou a marca de 70%.
Blairo, que carrega o título de “o rei da soja” e figura na lista dos empresários mais influentes e ricos do mundo (constando na lista de bilionários da Forbes/2015), conta com o trunfo do forte agronegócio ao seu lado, além do saldo a ser colhido de seu desempenho à frente do Ministério da Agricultura, desenvolvendo uma política de impulso econômico com mercados internacionais que ele conhece tão bem quanto à cozinha da sua casa.
O PP contará com autonomia em 2018 nos estados, cabendo em Mato Grosso ao presidente do partido, deputado federal Ezequiel Fonseca, decidir sobre o projeto político e alianças. A legenda foi aliada do governador Pedro Taques na campanha 2014. Sem ser contemplada com esperados espaços na equipe de primeiro escalão até a metade do atual mandato, agora prefere a recusa à eventual integração sob a alegação de que “não pode colaborar com o Executivo por não contar com representantes no Poder Legislativo”.
A decisão está diretamente ligada ao pleito do próximo ano. O tom de “independência” assegura um campo livre para entendimentos feitos desde já, em que pese as negativas acerca do assunto.
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