Da Redação - Foco Cidade
Governo do Estado recebeu da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) ofício que pede a revogação do Decreto 777/2016, publicado no dia 28 de dezembro, que altera a alíquota de 7% para 12% de ICMS para saídas interestaduais de gado bovino em pé. O aumento equivale a 71%.
O setor critica o Executivo estadual em razão do não atendimento à reivindicação de não aumento da alíquota.
Presidente da Acrimat, Marco Túlio Duarte Soares, acentua ser fundamental o governo reavaliar e revogar o decreto. “O aumento dificulta a exportação de animais em pé para outros Estados e prejudica a competitividade da comercialização. A manutenção da alíquota possibilita aos pecuaristas, principalmente das regiões Sul e Leste de Mato Grosso, melhores condições na negociação de sua produção”, assinalou.
A entrega aconteceu durante uma reunião convocada pelo Instituto Mato-Grossense de Carnes (IMAC) para tratar especificamente do tema, com as principais entidades da cadeia produtiva da carne bovina no Estado.
O projeto de reforma tributária para Mato Grosso movimentou as discussões entre o Governo e o setor produtivo nos últimos meses de 2016 e, apesar da demanda do setor pela manutenção da alíquota do “Boi em Pé”, o Governo editou o decreto com o aumento. Para a entidade, a medida representa forte intervenção governamental na comercialização de gado no Estado.
Em 2015 saíram de Mato Grosso 202 mil cabeças de gado para abate e outras 372 mil para engorda, segundo dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA). Além do ICMS, no mês de janeiro, o produtor ainda teve aumento de 1,5% no custo do envio do gado para o abate, que agora é de R$ 40,25/animal.
“Acreditamos que a manutenção da alíquota em 7%, manterá o equilíbrio da cadeia da pecuária, que há tempos trabalha com margens estreitas”, reforçou o Presidente da Acrimat. (Com assessoria)
Ainda não há comentários.
Veja mais:
Inmet emite alerta de tempestade para sete estados hoje e amanhã
Prefeitura destaca avanços no atendimento às pessoas com deficiência
PIB cresce 0,9% no 3º trimestre, puxado por serviços e indústria
Gaeco mira agentes públicos acusados de ligação com facção criminosa
Maioria das mulheres negras conhece pouco a Lei Maria da Penha
Quem tem mais de 75 anos pode continuar na ativa?
O risco de um retrocesso social com a alteração das regras do salário-mínimo
Carga tributária cresce, mas desigualdades regionais se acentuam
Inteligência Artificial: transformação de dados em ações estratégicas
Dino libera retomada do pagamento de emendas parlamentares suspensas