A Universidade Federal de Rondonópolis aconteceu. É um sonho de uma comunidade e de uma região que se transforma em realidade. Após quase 15 anos de muita luta, nos orgulha dizer que nosso Estado já conta com duas universidades federais. Para um Estado que oferece rápidas respostas econômicas e sociais ao país, essa é uma conquista merecida, se levarmos em consideração que Mato Grosso tem dimensões continentais, com mais de 900 mil quilômetros quadrados, e realidades geográficas efetivamente distintas.
Como bem pontuou o senador Dario Berger, presidente da Comissão de Educação, ao celebrar a implantação definitiva da UFR e outras quatro chamadas ‘novíssimas universidades federais’, foi “uma conquista de valor imensurável” por considerar que “universidade é um polo irradiador de cultura, ciência, tecnologia, de desenvolvimento, de formação de pessoa, sobretudo dos nossos jovens que representam a esperança viva de um futuro melhor para este país”.
O capital da universidade é o cérebro. O papel da universidade é desenvolvê-lo. Uma instituição de ensino superior é, acima de tudo, uma fonte de inspiração para estabelecer um desenvolvimento social e econômico.
E foi com esse entendimento que, em 28 de setembro de 2008, apresentei na Câmara dos Deputados o projeto de lei que autorizava o Poder Executivo a transformar o Campus Universitário de Rondonópolis da Universidade Federal de Mato Grosso em Universidade Federal da Região Sul de Mato Grosso – projeto que se transformou, por força da legislação, em indicação ao Executivo.
De lá para cá, muitas marchas e contra-marchas aconteceram até chegarmos a este momento – que tem, de fato, gosto de celebração. Muitas vezes, éramos cobrados pela população, pela imprensa, pela comunidade acadêmica, e, de fato, muitas vezes, até dava aparência de que não avançaríamos do sonho para a realidade. Apenas uma aparência porque, na verdade, nunca deixamos de trabalhar e de acreditar nessa emancipação.
A UFR chega, portanto, vencendo poderosas malhas burocráticas – a qual resta criarmos uma nova orientação legislativa – para que possamos ajudar a induzir a expansão do ensino e do conhecimento. Afinal, o Brasil precisa – e deve - consolidar de forma objetiva o desenvolvimento de mentes criativas e vocacionadas para resolver os problemas do futuro da sociedade e da humanidade.
A nomeação da professora Analy Castilho Polizel como reitora pro tempore, a rigor, marca o início de uma nova etapa. O objetivo é construir uma nova universidade em Rondonópolis, como sonhamos e lutamos, mas fundamentalmente uma universidade que traga o desenvolvimento socioeconômico e ambiental para a região, que participe das atividades de desenvolvimento do município, da melhoria de vida da população, da formação política de nossos futuros líderes, preparando as novas gerações para os desafios que o desenvolvimento sugere.
Essa busca tem a ver com a simbiose entre o que se estuda na universidade e o que se aplica no dia-a-dia. Por isso, na última quarta-feira (11), fiz um requerimento aos meus pares para realizarmos uma audiência pública que tratará da vocação da UFR enquanto mola-motriz do desenvolvimento regional. No campo, nas tecnologias e no desenvolvimento de grandes pesquisadores.
E é exatamente nessa vertente que vamos perseguir a expansão do ensino superior no nosso Estado, seja pelas realidades sociais e econômicas distintas, seja pela necessidade de formar profissionais capacitados a atender as demandas regionais. A consolidação do Campus da UFMT em Barra do Garças e em Sinop são fatores fundamentais. Da mesma forma, seguiremos trabalhando pelo fortalecimento dos Institutos Federais de Educação, porque o investimento nas futuras gerações se faz no presente.
Wellington Fagundes é senador por Mato Grosso, membro da Comissão de Educação do Senado e líder do Bloco Parlamentar Vanguarda.
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