• Cuiabá, 18 de Janeiro - 00:00:00

Enfim, 2018 se vai...

            ...mas anuncia 2019 cheio de surpresas. É um ano que promete muito!

            Tanto no mundo quanto no Brasil. Aliás, no Brasil será um tempo de grandes reflexões e de inevitáveis transformações. Em Mato Grosso não será diferente. À  primeira vista falar em 2019 traz uma certa percepção de pessimismo. Mas não é verdadeira. O tempo em que acontecem grandes transformações assusta alguns, mas uma minoria percebe e se aproveita da nova onda. Sempre foi assim. As mudanças significativas que atingem as coletividades são precedidas de profundas crises.

            O Brasil vem de crise em crise. A morte de Getúlio Vargas em 1954 desencadeou uma sucessão de crises que passou pelos governos militares por 21 anos, depois por sucessivas ondas. Incluindo uma de centro-esquerda e outra de suposta esquerda. Desmontou-se o Estado brasileiro em cima do fisiologismo dos partidos políticos, dos superpoderes dados aos poderes da República, e ao esvaziamento do Poder Executivo em detrimento do Congresso Nacional.

            Com os partidos esfacelados, ganharam donos que colonizaram o Congresso Nacional aproximando-o de uma pocilga. O mais todo mundo conhece. O Poder Judiciário, vizinho do Congresso apreciou o cheiro do ambiente e se igualou. O Ministério Público jamais escondeu a sua vertente ideológica de esquerda próxima do suicídio coletivo. As estatais perderam completamente a sua função executiva de setores de ponta e se transformaram em castelo privativo dos partidos e dos políticos. Quebraram todas e as desmoralizaram. Cito duas: a Petrobras e os Correios. Exemplos de eficiência estão à beira da falência técnica, financeira e moral.

            Então. Nesse ambiente de terra arrasada entramos em 2019 com uma leve percepção de esperança. Aliás, esta foi uma das virtudes sociais perdidas ao longo das últimas décadas. Tivemos alguns vôos de galinha, mas não passaram disso.

            A eleição de um presidente à direita, se é que se pode dizer que no Brasil exista direita ou esquerda. Tudo é uma enorme confusão de interesses que adota fachadas por conveniência como se nação civilizada politicamente fosse. Mas o novo presidente conseguiu inspirar esperança. Alguns pontos são muito bons: reduzir a corrupção crônica. Reduzir o tamanho do Estado. Privatizar e conceder tudo o que possa ser exercido pela iniciativa privada. Começar a esboçar uma nova Constituição Federal no lugar da atual, uma colcha de retalhos escrita no calor do ódio ao fim do regime militar.

            A sociedade brasileira torce com alguma serenidade. Não teme a política porque sabe que ela é um ninho de gatos. Mas aprecia sinais de revitalização da economia. Essa, efetivamente interessa às pessoas, às famílias e à sociedade produtiva.

            Não digo que teremos o paraíso. Mas pessoalmente estou convicto de que tempos menos tensos e menos psicodélicos nos aguardam a partir do dia 1º de janeiro. Voltarei ao assunto antes da passagem do ano.

 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

onofreribeiro@onofreribeiro.com.br    www.onofreribeiro.com.br



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