Nesses tempos em que os eleitores estão, com toda razão, irritados e descrentes com a política, decidir ser candidato exige muita reflexão e coragem também. E resolvi, novamente, colocar meu nome à disposição dos eleitores do meu Estado, desta vez para representá-los no Senado, depois de analisar muito criticamente o que conseguir fazer na vida pública e de ouvir as pessoas.
Para mim, fazer política é buscar o bem comum. Trabalhar pelos outros, especialmente para aqueles que mais precisam. E, assim, a exerci desde muito cedo e mesmo sem ter cargo eletivo: fundei o clube filantrópico e desportivo Farrapus, o Léo Clube, fui presidente de honra da APAE e realizamos mais de 300 campanhas sociais.
Foi quando percebi que a política partidária me permitiria fazer mais. Aos 26 anos fui eleito vereador em Sinop, aos 28, deputado estadual, e aos 30, prefeito da minha cidade do coração, que me reelegeu quatro anos depois. Em 2011, assumi meu primeiro mandato na Câmara dos Deputados, sendo reeleito em 2016.
E em todas as posições, desde vereador em Sinop a deputado em Brasília, nunca me desviei do que aprendi dentro de casa, com meu pai José Adriano e minha mãe Eunice: falar a verdade, cumprir o prometido, respeitar as pessoas e agir com responsabilidade porque há muitos que confiam e dependem da gente.
E foram por esses princípios aliados à disposição de ajudar as pessoas que sempre priorizamos os setores sociais. Em minhas gestões, Sinop foi premiada pelo Instituto Ayrton Senna por reduzir os índices de analfabetismo, recebemos o Prêmio Responsabilidade Fiscal do Conselho Federal de Contabilidade, o de Prefeito Mais Dinâmico, do jornal Gazeta Mercantil.
Avançamos na Saúde, com o Programa Saúde da Família, o serviço de hemodiálise, tratamento a pacientes com câncer, o banco de sangue. Transformamos a cidade em um polo universitário, colocamos em prática o maior programa de distribuição de renda já realizado no município, o Barriga Cheia. Fazer política é não deixar ninguém para trás.
Já na Câmara Federal, participamos ativamente das Comissões Técnicas que investigaram os escândalos de corrupção dos governos do PT e também do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Fiscalizar é uma das mais importantes tarefas do parlamentar.
Nesses dois mandatos, integramos 11 Comissões Técnicas, 28 Comissões Especiais, que são aquelas que analisam Medidas Provisórias, e de 4 CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito), entre elas a da CPI da Funai e Incra, em que, como relator, apresentamos documento apontando inúmeros casos de fraudes e irregularidades, principalmente no processo de demarcação de terras indígenas e quilombolas.
Fomos o deputado que mais proposições apresentou: 718, sendo 59 projetos de lei, 189 emendas, que são propostas de inclusão ou exclusão de trechos de matérias em votação; e 6 PECs (Propostas de Emenda à Constituição), entre elas a que reduz o número de deputados federais de 513 para 395, o de senadores, de 81 para 54 e de deputados estaduais, de 1059 para 804. Uma economia de R$ 5 bilhões em quatro anos.
Minha atuação tem sido no sentido de reduzir o tamanho da máquina pública, hoje imensa, ineficiente, e cujo custo é um fardo pesado demais para os cidadãos. Só com a redução de despesas será possível aumentar os investimentos nos setores essenciais.
Por meio de emendas ao Orçamento do governo federal, destinamos mais de R$ 92 milhões para os 141 municípios do Estado, sem deixar nenhum para trás. Recursos que ajudaram na Saúde, na Educação, na infraestrutura. E, além disso, também trabalhei para garantir 100 vagas para o curso de Medicina na UFMT em Sinop e Rondonópolis.
Na Câmara dos Deputados, a gente chega sendo apenas 1 dentre 513. É preciso buscar o seu espaço com trabalho e capacidade de articulação. E, hoje, no último ano do mandato, sou líder da bancada do PSDB, uma das mais qualificadas do Congresso.
Também presidi a Frente Parlamentar da Agropecuária, que reúne mais de 200 deputados federais e senadores, e que defende o agronegócio, setor que tem segurado as pontas do país, é a base da economia do Mato Grosso e é formado por pequenos, médios e grandes produtores. Nessas posições de liderança, levei o nome do Mato Grosso e trabalhei pelo nosso Estado.
Olhando pelo retrovisor, procurei corresponder à confiança dos votos recebidos em cada uma das eleições que disputei. Sou muito grato por todas elas porque significaram que os eleitores aprovaram o que foi feito e renovaram a confiança no meu trabalho.
Nunca tive medo do enfrentamento, nem de tomar posições. Obviamente que ninguém consegue ser unanimidade e tenho consciência disso. E prefiro sempre pensar que a crítica nos ajuda a evoluir, a sermos melhores.
Não tenho nada a esconder e nem do que me arrepender ao longo da minha vida pública. Carrego comigo os mesmos valores de sempre, tenho trabalho prestado e muita disposição. E tudo isso me fez decidir disputar essa eleição. Acredito que, no Senado, com as experiências acumuladas e com a liderança que consegui construir, poderei continuar ajudando o nosso Estado. Sempre com muito trabalho, dedicação e verdade. Além do respeito pelas pessoas – exatamente como aprendi em casa.
Nilson Leitão é deputado federal e candidato ao Senado pela coligação Segue em Frente Mato Grosso.
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