A onda de judicialização é cultural em nosso país. Os estudantes de direito já entram na faculdade para aprender a buscar ‘o direito’ de seus futuros clientes na justiça. Essa cultura precisa ser mudada já que o poder judiciário não comporta mais tantas demandas, segundo o próprio CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Nosso país já ultrapassa a marca dos 100 milhões de processos à espera de julgamento: praticamente um processo para cada dois brasileiros; muita coisa.
Não podemos esperar eficiência diante deste quadro. A sociedade, de modo geral, precisa atentar para as soluções alternativas, ou como alguns gostam de dizer, soluções adequadas para resolução dos conflitos. Não precisamos mais litigar para ver nossos interesses atendidos.
A mediação, a conciliação, a negociação e a arbitragem são meios alternativos para a solução de conflitos e está assegurada pela Lei 13.140/2015 (Lei da Mediação). São métodos mais rápidos aplicados por profissionais capacitados que evitam a demora na prestação jurisdicional e o custo de anos e anos de um processo à espera de julgamento.
Negociar é a palavra chave na busca de uma sociedade mais justa e de um poder judiciário rápido e eficiente. Com este passo de vanguarda, todos saem ganhando: clientes com a celeridade na resolução dos conflitos e advogados com a satisfação de seus contratantes e a preservação de seus honorários.
Elvis Klauk Jr. é advogado e presidente da Câmara Setorial Temática de Mediação em Conflitos Agrários e Fundiários da ALMT.
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