• Cuiabá, 09 de Março - 00:00:00

RELATÓRIO - MERCADO CRIPTO BRASILEIRO


Com base nos dados do Biscoint, principal ferramenta de análise de mercado cripto no Brasil, e nas informações atualizadas até fevereiro de 2025, apresentamos uma análise detalhada do desempenho das criptomoedas e das corretoras que operam no país.

comparação entre os meses de janeiro e fevereiro de 2025 revela tendências importantes, incluindo uma redução expressiva nos volumes negociados, além de quedas acentuadas nos preços do Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), influenciadas por liquidações massivas no mercado futuro.

 

1. Desempenho do Mercado: Queda no Volume Negociado

 

As imagens do volume negociado no Brasil revelam um declínio expressivo na atividade do mercado entre janeiro e fevereiro de 2025.

 

 

Dados principais do volume negociado:

 

Janeiro:

 

Total negociado em BTC: 10.962 BTC

Total negociado em R$: 6,66 bilhões

Média diária negociada: 353,61 BTC / R$ 214,76 milhões

Preço médio do BTC: R$ 607,35 mil

Fevereiro:

 

Total negociado em BTC: 8.600 BTC (queda de 21,5%)

Total negociado em R$: 4,70 bilhões (queda de 29,4%)

Média diária negociada: 307,13 BTC / R$ 167,83 milhões (redução de aproximadamente 13%)

Preço médio do BTC: R$ 546,43 mil (queda de 10%)

 

Análise:

 

mercado cripto no Brasil sofreu uma redução expressiva no volume total negociado, refletindo um cenário de cautela por parte dos investidores.

 

A queda na liquidez pode estar associada à desvalorização dos ativos, o que reduz o interesse especulativo.

 

A diminuição na média diária negociada sugere menor participação ativa dos investidores.

 

Fatores macroeconômicos, como a inflação global e especialmente a dos EUA que, apesar de um pouco mais enfraquecida, continua persistindo, e declarações do presidente Trump ameaçando sanções comerciais (tarifas) para outros países.

 

2. Impacto na Cotação do Bitcoin (BTC-BRL)

 

As imagens do gráfico de candlesticks mensais mostram uma forte diferença na movimentação de preços entre janeiro e fevereiro.

 

Janeiro de 2025:

 

Abertura: R$ 582.001

Fechamento: R$ 597.590

Máxima: R$ 664.997

Mínima: R$ 549.551

Variação: +2,68%

Fevereiro de 2025:

 

Abertura: R$ 597.590

Fechamento: R$ 499.201

Máxima: R$ 602.952

Mínima: R$ 460.000

Variação: -16,46%

 

Análise do gráfico:

 

Em janeiro, o BTC teve uma movimentação positiva, fechando o mês acima do preço de abertura e com picos acima de R$660.000.

 

Fevereiro, no entanto, foi marcado por uma forte tendência de queda, com o Bitcoin perdendo cerca de 16,5% de seu valor.

 

O fechamento abaixo de R$500.000 reflete um sentimento de baixa, especialmente considerando que a mínima do mês foi de R$460.000.

 

Esse movimento indica um período de grande realização de lucros e possível saída de investidores recém-chegados ao mercado cripto.

 

3. Participação de Mercado das Corretoras no Brasil

 

A disputa pelo market share entre as exchanges brasileiras mostra algumas mudanças interessantes entre janeiro e fevereiro.

 

Market share por exchange em fevereiro:

 

Binance: 41,3% (queda em relação aos 44,9% de janeiro)

Bity: 15,8% (crescimento em relação aos 14,0% de janeiro)

Mercado Bitcoin: 15,3% (crescimento em relação aos 13,2% de janeiro)

Novadax: 15,1% (ligeira alta sobre os 13,1% de janeiro)

Foxbit: 5,8% (queda significativa dos 8,7% de janeiro)

Outras corretoras menores: estabilidade ou variações mínimas

 

Análise:

 

Binance continua líder, mas perdeu market share, indicando um aumento na adoção de plataformas nacionais.

 

A disputa entre Bity e Mercado Bitcoin ficou mais acirrada, ambas ganhando espaço no mercado e reduzindo a dominância da Binance.

 

Essa tendência reforça a crescente confiança dos brasileiros nas corretoras locais, que oferecem vantagens fiscais e tributárias aos investidores brasileiros, além de liquidez competitiva e taxas atrativas.

 

4. Liquidações Massivas e Volatilidade Global

 

Além dos dados do Biscoint, buscamos informações sobre o impacto das recentes liquidações no mercado global.

 

Dados sobre liquidações massivas em março:

 

O Bitcoin caiu mais de 9% em um único dia, sendo negociado abaixo de US$83.000.

 

O mercado futuro registrou US$978 milhões em liquidações.

 

No caso do Ethereum, uma posição na MakerDAO de US$126 milhões quase foi liquidada, evidenciando os riscos do alto endividamento no setor DeFi.

 

Causas e impactos:

 

A alta alavancagem no mercado cripto continua sendo um fator de risco para oscilações bruscas de preço.

 

A queda do BTC abaixo de US$83.000 forçou liquidações em grande escala, o que amplificou ainda mais a volatilidade.

 

Essas liquidações podem gerar efeito cascata, onde traders são forçados a vender posições, derrubando ainda mais os preços.

 

Conclusão: Perspectivas para Março de 2025

 

Tendências observadas:

 

Redução na liquidez e no volume negociado no Brasil

Queda acentuada na cotação do Bitcoin e Ethereum

Crescimento da participação das corretoras brasileiras (Bity e Mercado Bitcoin)

Liquidações massivas indicando um mercado fragilizado

 

O que esperar para março?

 

O mercado cripto pode passar por um período de consolidação após as fortes quedas. A liquidez pode continuar reduzida, já que muitos investidores estão adotando uma postura mais cautelosa.

 

A recomendação é que o investidor cripto esteja atento à volatilidade e aos níveis de suporte do Bitcoin e Ethereum, faça gestão de risco responsável para evitar exposição excessiva, mas que não deixe de continuar acumulando ativos que tenham valor.

 

"Entendemos que os fundamentos e as características que dão valor ao Bitcoin permanecem os mesmos. Portanto, para quem está começando é um ótimo momento para iniciar os aportes, aproveitando as quedas e para quem já usa uma estratégia de aportes periódicos continuar acumulando satoshis (frações de Bitcoin). É importante ficar de olho também em outras criptomoedas que tiveram quedas muito expressivas nos últimos dias e que tendem a se recuperar por conta da demanda que já existe por elas, a exemplo de moedas de rede como ETH, SOL, UNI, AAVE, AVAX, OP e outras. O cenário atual exige cautela e estratégia por parte dos investidores, e o Bitybank continuará acompanhando de perto essas movimentações para fornecer as melhores análises."

 

Por Israel Buzaym/Especialista em Criptomoedas e Diretor de Comunicação do Bitybank

Fonte: Assessoria




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