• Cuiabá, 12 de Setembro - 00:00:00

MP: líder do CV é condenado a 32 anos por morte de faccionado


Da Redação

"O Tribunal do Júri da Comarca de Tapurah (a 388,9km de Cuiabá) condenou o líder do comando vermelho no município, Robson Júnior Jardim dos Santos, vulgo 'Sicredi' ou 'Red', a 32 anos, um mês e 25 dias de reclusão por prática de homicídio qualificado contra o faccionado Billy Mateus Carvalho de Faria", assinala o Ministério Público Estadual (MPMT).

Via Comunicação - pontua:

Billy teve sua morte decretada pelo tribunal do crime por ter se relacionado com a ex-mulher de outro membro faccionado, um dos líderes da organização criminosa em Juara.

O Conselho de Sentença acolheu a tese defendida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso de que o crime foi cometido por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu deverá cumprir a pena em regime fechado, sem direito a recorrer em liberdade.

Consta na denúncia formulada pela Promotoria de Justiça de Tapurah que partiu de Robson Júnior a sentença de morte de Billy “por descumprir um dos regramentos impostos aos integrantes da organização criminosa, que de acordo com o estatuto da facção não é aceito que a mulher de um faccionado se relacione com outro da mesma facção”.

O assassinato da vítima foi resultado de uma armadilha montada pelos membros da facção criminosa de Tapurah, em apoio à ordem do gerente-geral do Comando Vermelho em Juara.

O crime ocorreu no dia 25 de maio de 2002. Por volta das 20h50, o corpo de Billy foi encontrado caído, com marcas de disparos de arma de fogo, na rodovia estadual MT-338 (que liga o município de Tapurah até a rodovia BR-163), nas proximidades da boate Casa Branca. A vítima levou três tiros no rosto e um no tórax.

Investigações realizadas pela Polícia Civil levantaram que no dia do seu assassinato, Billy havia mantido conversas com Robson Júnior, apontado como gerente-geral da organização criminosa na região de Tapurah e Itanhangá. Robson Júnior Jardim dos Santos compartilhou com a vítima um contato salvo no seu telefone com o nome de “Disciplina Geral”.  Então, Billy marcou um encontro com o “Disciplina Geral” para o que seria, em tese, repasse de drogas.

“Exsurge dos autos que a pessoa intitulada como “Disciplina Geral” marcou encontro com Billy com intuito de executá-lo, o qual usou o pretexto de que o denunciado Robson Júnior Jardim dos Santos havia autorizado a venda de drogas para vítima e, no local dos fatos, ao encontrar com Billy os executores atiraram diversas vezes contra ele”, diz um trecho da denúncia.

Inquérito aberto para apurar o caso constatou que no dia do crime, Billy Mateus Carvalho de Faria estava na companhia de um colega faccionado, ocasião em que testemunhou o crime. Foi esse colega que o levou de moto até os fundos da boate para buscar certa quantidade de droga para venda. Ao chegarem ao local, a vítima recebeu informação de que a droga não seria entregue naquele local, mas às margens da rodovia, ocasião em que dois homens, usando moleton de cor escura e capacete, abordaram a vítima e efetuaram os disparos.

A denúncia relata que a vítima e sua ex-companheira chegaram a Tapurah depois de deixarem Juara às pressas após sofrerem ameaças de morte feitas pelo gerente geral da organização criminosa em Juara.

 

Com Comunicação MPMT




Deixe um comentário

Campos obrigatórios são marcados com *

Nome:
Email:
Comentário: