Regina Botelho
Assim como Poderes e órgãos além de entidades no Brasil, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso emitiu nota repudiando os ataques do ex-deputado Roberto Jefferson à ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Cármem Lúcia Antunes Rocha.
Ele comparou a ministra - entre várias declarações classificadas pelas autoridades como absurdas no mínimo, como "prostituta e arrombada".
Em tempo, vale lembrar que Roberto Jefferson protagonizou no domingo (23) um lamentável episódio - atacando a Polícia Federal com tiros de fuzil e granada. Ele foi preso na noite de ontem - após o STF revogar sua prisão domiciliar.
Nota de Repúdio do TJ na íntegra:
O Poder Judiciário de Mato Grosso manifesta total repúdio às declarações do ex-deputado federal Roberto Jefferson que, inconformado com uma decisão judicial, atacou de forma vil e com palavras de baixo calão a honra da ministra do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, Carmem Lúcia Antunes Rocha.
A jurista, professora e magistrada Carmem Lúcia tem uma ilibada história profissional, cuja reputação a credencia para pairar acima de ataques chulos como o engendrado pelo ex-deputado. Ainda assim, sua defesa se faz necessária, visto que as ofensas à ministra atingem todas as mulheres brasileiras, na medida em que refletem a cultura machista deste país, onde a crítica ao exercício profissional de uma mulher ultrapassa as barreiras da civilidade e chega à barbárie de ofendê-la em razão de seu gênero.
Não se admite, em nenhuma hipótese, comportamentos como este, ainda mais vindo de um advogado e ex-deputado, que chegou a representar o interesse dos cidadãos brasileiros no Congresso Nacional.
Maria Helena Gargaglione Póvoas
Presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso

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