Luciano Vacari
Não é de hoje que destacamos a importância das mulheres no mundo dos negócios, da produção e na política. A presença feminina nos cargos de liderança é fundamental, seja pela representatividade, pela diversidade ou pura e simplesmente pela capacidade em gerir negócios e conciliar os diferentes interesses. E antes que queiram polarizar, não se trata de ideologia, mas de observação, foco e resultado.
É notório o aumento da participação das mulheres nos cargos públicos, eletivos ou não. Seja nos ministérios, prefeituras, câmaras municipais, empresas ou grupos familiares, sempre tem uma notícia falando, com destaque, que pela primeira vez uma mulher assume uma posição de liderança. E isso é, de fato, resultado de uma luta de anos que busca destacar o quão importante é a representatividade.
Mas, mesmo com o crescimento da participação feminina nos locais de poder, a proporção ainda é muito desigual e não haverá equidade enquanto a desigualdade for tão grande. Por isso é tão importante que as mulheres se mobilizem para ocupar os espaços, se fazerem representadas e se apresentarem como porta-voz.
Mais do que isso, é hora de os homens entrarem nessa luta, apoiarem, dando voz e ouvindo as mulheres. Afinal, encampar a luta delas é uma obrigação dos homens após tantos anos de supremacia masculina.
Acreditem, os resultados serão maiores do que se pode imaginar. Falamos de um grupo de pessoas com senso inato de coletividade, dinamismo para resolver problemas, resiliência para superar desafios e capacidade ímpar para se colocar no lugar do outro.
Podemos citar o exemplo da ex-ministra Tereza Cristina que, sem a pretensão de desmerecer o trabalho de outros ministros que passaram pela Esplanada, superou crises políticas e econômicas com competência e habilidade, fortalecendo ainda mais o agronegócio brasileiro.
Em Mato Grosso, podemos destacar o trabalho da deputada Janaína Riva, que superou qualquer estigma que tentaram imprimir sobre ela e conquistou espaço próprio e legítimo. Umas das maiores lideranças na política contemporânea.
Na OAB-MT, depois de muitos anos, uma mulher voltou a figurar no cargo mais alto da entidade quando a Dra. Gisela foi eleita presidente, lugar antes ocupado apenas pela gigante Maria Helena Póvoas.
Citamos o estado de Mato Grosso não por acaso, mas por conta da sua grande importância para o agro nacional e ainda tem organizações associativistas fortes e consolidadas que despontam como as maiores associações de produtores do Brasil. Porém é importante destacar que nunca uma mulher ocupou a cadeira maior dessas entidades, até agora.
Gostaríamos de ver mais. Ainda existem muitos espaços e oportunidades.
É preciso falar sobre elas, mas também é necessário deixar que elas também falem de si, de nós, de todos e para todos.
*Luciano Vacari é gestor de agronegócios e diretor da Neo Agro Consultoria & Comunicação.
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