• Cuiabá, 13 de Maio - 00:00:00

O MDB poderá ter candidato ao Governo em 2022, crava Carlos Bezerra


Rafaela Maximiano - Da Redação

Apesar de estarmos há 15 meses das eleições de 2022, o cenário político começa a se desenhar em Mato Grosso. E, essa semana, o partido político Movimento Democrático Brasileiro – MDB, foi protagonista com a realização de uma grande reunião que reuniu todos os prefeitos, vice-prefeitos e primeiras-damas do MDB no estado, com exceção do prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro. 

Segundo o presidente do partido, deputado federal Carlos Bezerra, apesar da presença do governador Mauro Mendes (DEM) na reunião e da ventilação de apoio à uma eventual reeleição sua por alguns correligionários, o MDB deve optar por candidatura própria ao governo, senado e deputados estadual e federal. 

“Essa possibilidade – apoio à reeleição de Mauro - foi falada por algumas pessoas na imprensa, mas dentro do partido não foi cogitado. Seria uma conversa para o ano que vem somente... Talvez sejamos o único partido que vai lançar chapa completa aqui em Mato Grosso. Temos pelo menos 34 homens e 12 mulheres prontos nas chapas de deputados e são necessários 48...  e o ano que vem nós vamos discutir a chapa ao Governo do Estado e ao Senado”, afirma. 

Ao FocoCidade, Carlos Bezerra afirma que o nome do prefeito emedebista Emanuel Pinheiro, é um dos nomes mais expressivos do partido hoje e apesar de ainda ser muito cedo “seu nome poderá ser cogitado na hora certa”, ao Governo do Estado. 

Entrevista da Semana também aborda o momento político vivido no país e em Mato Grosso, alinhamento político interno, eleição 2022 e uma reeleição a deputado federal.   

“Como candidato ao governo não. Vou finalizar meu mandato e ir à reeleição como Federal. Aí talvez pense em aposentadoria, porém sempre vou estar ativo na vida política”, pontua Bezerra. 

Confira a entrevista na integra e boa leitura! 

 

Que avaliação o senhor faz do momento político vivido no Brasil e em Mato Grosso? 

O momento político no Brasil está conturbado. Problema sério novamente de inflação novamente voltando, desemprego. Corrupção agora também. Essa CPI, apurando corrupção na questão da pandemia e da vacina. Com relação ao orçamento o Brasil vive uma penúria, uma vergonha para tudo. O Governo Federal, este ano em Mato Grosso fez 25 km de asfalto. Isso é muito pouco para a necessidade que nós temos aqui. Espero que o país saia dessa crise política e econômica e tenha recursos para investir.  

Em Mato Grosso as coisas estão melhor. O governador conseguiu equilibrar o Estado e está começando a realizar obras importantes de infraestrutura para Mato Grosso. Está apoiando investimento em todas as áreas: saúde, educação, esportes, ou seja, a coisa está indo regularmente bem. 

Corrupção agora também. Essa CPI, apurando corrupção na questão da pandemia e da vacina. Com relação ao orçamento o Brasil vive uma penúria, uma vergonha para tudo.

Deputado, o senhor é um dos líderes do MDB, fundador do partido aqui no Estado. Qual avaliação o senhor faz do partido atualmente e qual os rumos que o MDB deve ter para 2022? 

O MDB tem que achar uma terceira via. Nós não concordamos com essa polarização que existe no país. Isso é ruim para o Brasil, prejudicial. O país tem que encontrar outro caminho. Não só o MDB como outros partidos também estamos fugindo dessa polarização e buscando o melhor para as pessoas, para as cidades. Então, para 2022 não vamos apoiar candidatos que defendam essa polarização.  

O MDB já fala em eventuais nomes para concorrer ao governo, ao senado e para chapas de deputado estadual?  

Não discutimos nomes. Isso será discutido somente o ano que vem. Tanto para governo, senado, quanto para deputados. Nessa reunião nós tratamos da organização partidária no estado. Com a minha experiência vejo vários nomes que poderiam ser candidatos pelo MDB tanto para governador, para senador quanto para deputado. Vamos lançar chapa completa de estadual e chapa completa para os demais cargos também. Talvez sejamos o único partido que vai lançar chapa completa aqui em Mato Grosso. Temos pelo menos 34 homens e 12 mulheres prontos na chapa de deputados e são necessários 48. Até final do ano o trabalho será concluído com êxito e o ano que vem nós vamos discutir a chapa ao Governo do Estado e ao Senado.  

Até agora, está muito bem à frente do comando da capital, com certeza seu nome poderá ser cogitado na hora certa.  

Emanuel Pinheiro seria um eventual nome do MDB ao governo? E, como o senhor avalia a gestão dele como prefeito da capital? 

É um dos nomes mais expressivos que temos hoje. Emanuel é muito trabalhador, mas os problemas são muito grandes. Tem muita coisa jogada debaixo do tapete há muito tempo. O importante é que ele está consciente e preparando para enfrentá-los nas diversas áreas. Cuiabá hoje tem um prefeito habilidoso, que costura bem politicamente e é bom Executivo. Vai indo bem, mas é cedo para julgamento mais amplo de rumos políticos. Até agora, está muito bem à frente do comando da capital, com certeza seu nome poderá ser cogitado na hora certa.  

Reitero que o MDB vai preferir lançar seus candidatos, ter chapas puras próprias em detrimento de coalizões. Acreditamos que teremos mais chances assim.

Numa eventual reeleição do Mauro Mendes pelo DEM ao governo do estado, há possibilidade de uma coalizão? Se sim qual seria o melhor nome? 

Não tem nada nesse sentido. Mas não poderia ser descartado, porém precisa ser decidido pelo partido. Nós do MDB preferimos chapas puras. Essa possibilidade – apoio à reeleição de Mauro - foi falada por algumas pessoas na imprensa, mas dentro do partido não foi cogitado. Seria uma conversa para o ano que vem somente. 

Seria preciso construir uma unidade interna, se alguns o apoiam para 2022 isso precisa ser discutido internamente e chegar a uma unanimidade. Reitero que o MDB vai preferir lançar seus candidatos, ter chapas puras próprias em detrimento de coalizões. Acreditamos que teremos mais chances assim.  

Há alguma crise no MDB de Cuiabá, que teria ocasionado a saída do advogado Faiad da presidência ou foi um processo natural?   

Não teve crise alguma, problema algum interno. Simplesmente venceu o mandato e temos que renovar o diretório. Inclusive nos próximos dias vamos marcar convenção do partido. Se houve alguma rusga entre correligionários, isso foi discutido e resolvido internamente. 

E a gestão do atual presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi do PSB, como o senhor avalia? 

Uma condução muito boa também. Uma pessoa para dialogar. Prefiro não fazer considerações sobre políticos de outras legendas. Porém, avalio que tem feito uma boa condução frente à Assembleia Legislativa. 

Atualmente o senhor está afastado do mandato de deputado federal, e o cargo foi assumido por Valtenir Pereira. Já existia um acordo para ele passar pela cadeira de federal? 

Não. Acordo nenhum. Precisei me afastar por motivos particulares. O Valtenir também é linha de frente no partido. É um companheiro trabalhador e incansável. Muito tem contribuído para o fortalecimento do partido, e mais uma vez a nossa bancada federal está bem representada com a sua participação.  

E, quanto ao deputado Carlos Bezerra, o que tem planejado para o futuro na carreira política? Vai finalizar seu mandato, pensa em aposentadoria ou pode vir candidato em 2022?  

Como candidato ao governo não. Vou finalizar meu mandato e ir à reeleição como Federal. Aí talvez pense em aposentadoria, porém sempre vou estar ativo na vida política. Eu estou com 10 mandatos, sou o político mais longevo de Mato Grosso. Ninguém conseguiu na história de Mato Grosso tantos mandatos como eu, isso é confiança, isso é trabalho, reconhecimento. 




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