Da Redação
Ao analisar o quadro da organização do partido sobre as eleições 2020, um dos principais líderes do DEM de Mato Grosso, o senador Jayme Campos, assinalou a meta maior da legenda de construir projetos próprios na maioria dos municípios, mas alertou sobre a possibilidade de escolher, em eventual aliança, "o melhor nome" - considerando que "pretenso candidato de seu partido pode não representar as aspirações da sociedade". A leitura de Campos se ateve ao contexto da Capital e dos demais municípios do Estado.
"Eu acho que não é só Cuiabá. Somos um partido que vamos decidir de forma democrática, na reunião do diretório regional e certamente através do diretório municipal escolher bons candidatos. A cúpula vai discutir de forma racional, de forma respeitosa escolher bons candidatos. As vezes você tem um pretenso candidato pelo seu partido, mas ele não representa as aspirações da sociedade, seja de qualquer cidadão mato-grossense. Nós temos que ter bons candidatos, e muitas vezes independente de ser do DEM. Se temos um companheiro que nos apoiou que é de um partido coligado, eu não vejo nenhuma dificuldade para apoia-lo, de forma que o nosso objetivo é ter bons candidatos, não só prefeitos, vice-prefeitos, como também a vereadores nos municípios mato-grossenses", cravou.
Essas rusgas que podem ter acontecido no passado, isso pode ser superado. A política é a arte do entendimento, a arte da conversação.
Sobre eventual projeto à reeleição do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), Jayme Campos disse que o primeiro plano do DEM é lançar candidatura própria em Cuiabá. E na leitura da necessidade de diálogo com outros partidos, acentuou a chance de debates com o MDB no processo eleitoral.
"Não tenho nada contra o Emanuel Pinheiro, vocês conhecem minha trajetória. Sou muito partidário, é óbvio e evidente e com todo respeito ao Emanuel Pinheiro, eu espero que se o partido tiver candidato, apoio o partido (DEM). Mas poderá (aliança), tudo é possível. Daqui a pouco, se tiver uma composição entre o DEM e o MDB que apoiou não a mim só, como apoiou o Mauro Mendes, eu não vejo nenhuma dificuldade de apoiar o Emanuel Pinheiro. Muito pelo contrário, gosto, admiro e certamente o trabalho que ele tem feito, ninguém pode desconhecer que é um trabalho exitoso e imagino que está correspondendo à expectativa daqueles que votaram nele."
Seguindo a avaliação do cenário das eleições 2020, o senador também comentou o "clima delicado" em termos do relacionamento entre o prefeito e o governador.
"Eu acho que o governador tem o maior peso, claro que o Mauro é um político também. Acho que prevalece acima de tudo o espírito não só partidário, ele quer ter candidatura própria do DEM, como eu também gostaria em todos os municípios do Estado. Todavia, não vejo nenhuma dificuldade (de dialogar). Essas rusgas que podem ter acontecido no passado, isso pode ser superado. A política é a arte do entendimento, a arte da conversação. Tenho certeza, tanto o governador Mauro Mendes como o prefeito Emanuel Pinheiro são muitos amadurecidos para sentar na mesa e discutir. Mas isso é assunto para o ano que vem."
Acrescentuou ainda que "qualquer especulação acho que é muito precoce. Para mim particularmente aqui em Várzea Grande só vou discutir eleição municipal a partir de maio. Eu já disse, caso contrário, estou atropelando o próprio mandato da Lucimar, a administração dela, se tivermos assim candidatos colocados aí, posto aí, com certeza vamos atrapalhar a gestão da Lucimar. Por isso acho que a eleição é em outubro e está muito longe. Aquele que sair com muita antecedência, acho que poderá ter dificuldades, porque uma eleição ela é desgastante, ninguém pode desconhecer. Acho que o momento oportuno será abril ou maio do ano que vem, para ter uma discussão mais concreta e definir os nomes que irão disputar Cuiabá, Várzea Grande de os demais municípios do Estado".
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