João Edisom
No dia 8 de abril de 2019 Cuiabá completa 300 anos. Olhar para o seu passado é revisitar a saudade e as poesias, cantos e encantos desenhados pela sensibilidade de seus artistas, cultuadores da arte, das histórias, da escrita, dos causos e de um linguajar cheio de carinho e aconchego.
Olhar para o presente é ver que moramos em uma cidade incrível, rica em seu jeito de compartilhar espaços com todos que por aqui chegam ou passam. Rica em belezas naturais, rica em espaços públicos de convivência, rica em cultura.
Olhando para o futuro, há muita esperança, até porque tem muito a ser feito e enquanto tiver trabalho a ser realizado e gente disposta a realizar haverá vida. Mas também há um conjunto de problemas e ausência de esperanças muito pelo conjunto de conflitos em virtude do momento vivido em todo país.
Cuiabá não é uma cidade. Cuiabá hoje é uma metrópole revestida de três conceitos.
Primeiro: é a sede do municípios, a cidade onde vive mais de 600 mil pessoas com os problemas de toda cidade grande.
Segundo: Cuiabá é a metrópole que congrega todos os municípios do Vale do Rio Cuiabá (treze ao todo), com mais de um milhão de habitantes em um estado com pouco mais de três milhões de pessoas. Logo quase um terço da população do estado vive e convive aqui.
Terceiro: Cuiabá é a capital política e administrativa do Estado de Mato Grosso, um gigantesco com 141 municípios e uma área total de 903.357 km², dividido em três biomas. A Amazônia é o mais abrangente, com 480.215 Km2 (53,6%), o Cerrado ocupa 354.823 km2 (39,6%) e a menor área é do Pantanal, com 60.885 km2 (6,8%). Sem dúvida o estado com maior potencial entre os 27 da União.
E o futuro? Temos que pensar Cuiabá para os próximos 300 anos. Quem sabe começando por uma política que assuma a responsabilidade de unir as três cidades (cede do município, a capital do estado e a metrópole) em uma só e assim transformar Cuiabá na capital de todos os mato-grossenses.
Para tanto, Cuiabá precisa se efetivar como a capital do agronegócio. Oferecendo conhecimento, tecnologia, serviços e possibilidades de negócios para os que vivem do setor.
O governo do Estado precisa convencer a região do Araguaia que sua capital é aqui, integrando a região à capital com atenção e políticas específicas para seu desenvolvimento.
Cuiabá só vai unir todos os municípios em torno de si quando for protagonista na saúde, educação, cultura e lazer. Nada disso é impossível. Depende em partes do poder público, mas depende também muito de nós, os 600 mil moradores.
No mais, obrigado Cuiabá e cuiabanos de chapa e cruz por serem tão generosos com todos que aqui chegaram e chegam. Parabéns capital! Que venham mais 300!
João Edisom é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso.


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