Onofre Ribeiro
Em política nem sempre 2 mais 2 precisam ser 4. Depende do resultado que se quer. Em períodos anteriores às eleições quando os arranjos estão sendo feitos, o resultado vem mais dos sinais do que da lógica matemática.
Nesta semana o ministro Blairo Maggi, que detém uma das três vagas de senador pelo estado, deu uma declaração que precisa ser analisada como um sinal. Ele diz que o governador Pedro Taques precisa conversar mais pra obter unidade em seu entorno. E que não há porque o grupo que o apoia quebrar a unidade. Bom lembrar: Blairo Maggi raramente faz declarações no dia-a-dia. E quando fala é franco. Não costuma fazer rodeios. O que ele disse, então?
Ele é franco candidato à reeleição como senador. Deseja Pedro Taques como candidato a governador. A partir daí, segundo a sua cabeça, começa a montagem dos interesses eleitorais de 2018 no estado. Como ficam outros nomes próximos com peso eleitoral como Mauro Mendes e Jaime Campos? Pela tese de Blairo, eles serão acomodados a seguir depois de resolvidos os três cargos majoritários que serão disputados: o de governador e dois senadores.
Fora Mauro e Jaime, correm por fora dois senadores com peso político: Wellington Fagundes, José Medeiros e o deputado federal Nilson Leitão. Os senadores poderão ir pra uma linha de oposição. Mas preferencialmente, para ambos seria mais confortável estar perto do grupo mais forte que não lhes traga riscos. Nilson está acenando pra compor. Se há uma coisa que político entende é de sobrevivência e de pragmatismo. Quanto menos riscos, melhor!
Concretamente tem-se que dois nomes serão os condutores de todo o processo política e eleitoral de 2018: o governador Pedro Taques e o ministro Blairo Maggi. Um tem o poder Executivo. O outro tem liderança na economia do país e reúne o agronegócio estadual em seu entorno, por mais que haja algumas divergências internas. O agronegócio também é profundamente pragmático. Por que jogaria fora uma liderança forte como Maggi pra arriscar outros nomes?
Por fora desse círculo alguns dirigentes partidários históricos podem ter influência, como o deputado federal Carlos Bezerra. Mas não serão mais determinantes do resultado como foram no passado. A contribuição da Assembléia Legislativa deverá ser apenas acessória. A bancada de deputados federais também.
Por mais que haja negociações e composições, não há muitos nomes em disputa individual forte. Os sinais dos cenários indicam a composição girando em torno do grupo político encabeçado por Pedro Taques e Blairo Maggi.
Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso
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